tag:blogger.com,1999:blog-42941399392701178192024-02-08T04:55:07.760+00:00U n c e r t a i n S m i l eClaudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.comBlogger98125tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-91503629300242783032019-05-14T00:00:00.000+01:002019-05-13T23:58:29.033+01:00Backstreet Boys em Lisboa – A boysband que continua a encher pavilhões de euforia, 26 anos depois<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Artigo originalmente escrito para o <a href="https://echoboomer.pt/backstreet-boys-em-lisboa-a-boysband-que-continua-a-encher-pavilhoes-de-euforia-26-anos-depois/?fbclid=IwAR2t94Rbv8ii6cJW4f9t6v4H0CaV2d2OyP0poDNtl4m-ZgKVMeJVM0EJFrk">site Echo Boomer</a>.</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;">Fotos oficiais do concerto: Altice Arena</span></b><br />
<br />
<img alt="Backstreet Boys" height="359" src="https://i1.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2019/05/Backstreet-Boys-em-Lisboa.jpg?fit=1170%2C658&ssl=1" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pois era mesmo assim que se encontrava o Altice Arena, no passado sábado, dia 11 de maio: a abarrotar! Não só dos fãs mais “antigos” – os que viveram a sua infância e adolescência nos anos 90, os que cresceram com os temas desta banda pop como pano de fundo para as suas vivências de juventude – como também por pessoas que são hoje adolescentes – provando que o trabalho artístico de música pop dos Backstreet Boys conquista e atravessa várias gerações (pelo menos quase três décadas). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Facto é que a boysband que nasceu em 1993 – mas cujo auge de popularidade se registou entre 1996 e 2002 – amadureceu. É agora feita de homens, mas que ainda se apresentam com toda a energia e groove de uma boysband para adolescentes. Uma energia incrível, contagiante e imparável do início ao fim. E é assim que, 26 anos depois, continuam não só a produzir música pop de excelência (o seu mais recente álbum, DNA, lançado o ano passado, foi uma boa surpresa), como a juntar multidões que deliram com as suas letras, beats e coreografias, diga-se de passagem, extremamente bem sincronizadas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Portugal foi o país escolhido para a estreia desta tour mundial, e que honra a nossa poder abrir uma série de concertos que, temos a certeza, conquistarão muitos corações pelo mundo fora, como conquistou os nossos nesta noite.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="360" src="https://lh3.googleusercontent.com/U9BDnghx0ltnKU60fV-tj3sze8U_ksY63MTOLW0lW43-5xVQMtunz9eRQ6BKt1BHDTbTJYA2zMo_C4mqFCPlXfWnwyobVscQP8iQME2SrvCr5wRIFP-TR-Gtm_h9dezQyLoxziHf=w2400" width="640" /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O espectáculo abre com nuances (samples musicais) de um dos temas mais badalados da banda, “Everyone”. Nuances que, talvez, só os fãs com ouvido mais apurado conseguiram reconhecer, enquanto em dois ecrãs gigantes apareciam imagens da banda. “Everyone” foi, na verdade, um tema lançado em 2000 e dedicado inteiramente aos fãs da banda, agradecendo aos mesmos o facto de os manterem sempre no topo – de acordo com o Guinness Book, os BSB são a Maior Boy band de Todos os Tempos com mais de 135 milhões de álbuns vendidos. Assim, nenhum outro tema poderia ter sido mais apropriado para a preparação da entrada da banda. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A plateia estava ao rubro desde este primeiro momento de suspense, e o êxtase foi total aquando da “aparição” de Nick Carter, Kevin Richardson, Brian Littrell, Howie Dorough e AJ McLean que cantam, em uníssono, num coro perfeito que ecoou pelo pavilhão, o início de “Be With You”, tema escolhido para abertura, do álbum homónimo à banda, lançado em 1997. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Da parte de trás do palco, vêm para a frente e os temas “The Call” e “Don’t Want You Back” (tema icónico) fazem-nos viajar de volta ao final dos anos 90 e início dos anos 2000. As coreografias, extremamente bem coordenadas entre os cinco elementos, pejadas de sexappeal, e os mingles das suas vozes, com solos intercalados com coros, só provam que não perderam o jeito para a coisa – talvez até, pelo contrário, o aperfeiçoaram com o passar dos anos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após esta viagem no tempo a alguns dos seus hits mais famosos, é a vez de Nick brilhar com uma pequena intervenção a solo, desta feita com a primeira apresentação de um tema do novo álbum, DNA: “Nobody Else”. Um solo que faz arrepiar, mas que se fica pelo início, como que um sneak peak do que “aí vem”, passando diretamente para um dos temas mais catchy também deste mais recente disco, “New Love” – com uma base line muito funky, linhas de flauta em tom alegre e muito sui generis, num tema que é uma reciclagem compelta do que os Backstreet Boys sempre fizeram de melhor. Depois deste momento, voltamos momentaneamente aos anos 90 (mais precisamente a 1997), com o tema “Get Down,” para, logo depois, um dos temas de DNA, “Chateau”, a solo por Howie – que desaparece, por fim, para o interior do palco. Um autêntico loop de viagens no tempo, com dinamismo e vivacidade imparáveis, incansáveis, que mostraram ter o tempo todo!</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<img height="360" src="https://lh3.googleusercontent.com/AFpoISo3z_cTuLHjNTQBgDGVvRvkKO5DxI4VlyQ14Pd5xIXx0pSkukm02bjkvLK5fNuCkc9__VYHE4th3He3jETtUGLEABizzNokjU6-XJQB2ABcLus54WASNV45mrfXnFPrHA1T=w2400" width="640" /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Por esta altura, já as emoções eram bem fortes. Entre os hits mais antigos (numa onda bem marcada de nostalgia e revivalismo) e algumas amostras dos temas mais recentes, já não sabíamos bem o que esperar – tudo era uma surpresa, tudo podia acontecer! Tanto que, para segunda parte, aparece num dos grandes ecrãs “BSB Presents: DNA” para depois interpretarem as antigas “Show Me The Meaning Of Being Lonely”, “Incomplete”, “Undone” (estas duas últimas, por sua vez, já mais recentes, lançadas em 2005 e 2009, respetivamente), “More Than That”, “Shape Of My Heart”, “Drowning”, entre outros temas tão hype. Entre estes – neste, lá está, constante back&forth – “The Way It Was”, “Chances” e “Passionate”, três temas do novo disco. Em “Passionate”, particularmente, a loucura foi total, não fosse este o tema definitivamente mais funky do álbum. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É de destacar que, ainda que mantenham aquele toque extremamente jovial, as canções de DNA têm um tom bastante mais maduro, comprovando não só o crescimento da banda em si, como também a sua notável capacidade de atualização e adaptação; estes temas são contemporâneos, bem integrados no panorama musical dos dias de hoje, mas sem nunca deixar de ter aquele toque “oldschool” a que os Backstreet Boys sempre nos habituaram. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E cantámos. Cantámos em uníssono, cantámos de cor, as letras na ponta da língua, de uma ponta à outra, e se dependesse de muitos fãs, com certeza muitos não se importariam de fazer duetos com eles! As cinco vozes de Nick, Kevin, Brian, Howie e AJ combinam tão bem, são tão harmoniosas juntas, e a forma como conjugam os solos com os coros, as vozes principais conjugadas com as segundas vozes e backvocals, é soberba. Com certeza muitos dos fãs saíram deste concerto roucos de tanto cantar. O tema no qual isto foi mais notório foi mesmo em “Breathe” (outro dos novos temas), cantado completamente em acapella, tal como o é no álbum. Neste tema, os BSB elevaram-se no palco e elevaram-nos o espírito com tal perfeição vocal.
</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="360" src="https://lh3.googleusercontent.com/3SzaDLDeOEgairgs27s-1vukbvXbPiRMXs0iEf1_yt86JiJ9lLlM8ds0EjE-9d841yc6QDoH2TrypMyNedJOD5cfHNNqCpF2X-aqt_i0kNCtD11voWXTe7xTU7Hd0PD4PTLTR0DQ=w2400" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para além de serem excelentes cantores e compositores, são também performers exímios: sempre em contacto com o público, sempre a meter-se com quem teve a sorte de estar mais próximo do palco, a interagir e a, literalmente, namoriscar com o público – com acenos, dar as mãos às fãs, piscares de olhos e até mesmo fazer brincadeiras para as câmaras dos muitos smartphones que tinham apontados na sua direção (não fosse esta uma banda dos anos 90 a atuar em pleno século XXI – hoje, já não os recortamos os seus posters das revistas Super Pop e Bravo, mas postamos fotos e vídeos no Instagram com a hashtag #BackStreetBoys). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Baladas como “As Long As You Love Me”, “Don’t Wanna Lose You Now”, “I’ll Never Break Your Heart” e “All I Have To Give” são apaixonantes e arrebatadoras, capazes de derreter qualquer coração mais mole, e com bastantes influências jazz e blue/R&B que fazem, por vezes, lembrar outra icónica banda de música pop, Boys II Men. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Everybody” foi, claramente, o ponto mais alto da noite, não fosse este também um dos hits mais populares e virais de sempre da banda. Afinal, quando se pensa em Backstreet Boys, e mesmo para quem não é fã, quem não se lembra imediatamente da famosa line “Backstreets Back, Alright!”? As não menos extravagantes (no bom sentido) “We’ve Got It Going On”, “It’s Gotta Be You”, “That’s The Way I Like It”, “The One” e a famosíssima “I Want It That Way” (com direito, também, a karaoke por parte do público), seriam os temas que viriam a fechar este extraordinário concerto.
</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="360" src="https://lh3.googleusercontent.com/ZWd0VG1ugPmXvurgoXOYttMrcY_XmYp1CYcH2EihUPU_XVgUXqDHhnTzEzmPvhAKt-LwV6AexpEqENNLWr9Y2UT7tc7bLbctcEEejZo18kRz5T_PW1lTEsdW8b3pTn6MtQQHWh7h=w2400" width="640" /></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Isto, claro, até aoencore – que combinou com a tónica de todo o espetáculo, com a apresentação de um tema novo, par a par com um dos mais antigos. Do novo álbum, “Don’t Go Breaking My Heart” foi a escolhida, sucedendo-se a “Larger Than Life” (1999). Dois temas que, ainda que separados por 19 anos, são igualmente explosivos – e que, com direito a um mini fogo de artifício e lançamento de confettis, proporcionaram um final à grande e, à falta de melhor palavra, musicalmente orgásmico!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foram duas horas de concerto, 31 temas mais dois de encore – pudera, são 26 anos revisitados! A distribuição dos temas pelo tempo do espetáculo, o facto de terem aproveitado as passagens e as mudanças de roupa para passarem samples de alguns dos temas que não interpretaram na totalidade, além das constantes oscilações entre hits mais antigos e os temas do novo álbum, foram jogadas de génio que nos deixaram em completo delírio. Um concerto nostálgico, épico e mágico.</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-42819594026793861992019-04-12T14:11:00.003+01:002019-04-12T14:11:35.807+01:00Bebel Gilberto – Voz de Veludo e muito improviso<div style="text-align: center;">
Crítica elaborada para o site <a href="https://echoboomer.pt/bebel-gilberto-voz-de-veludo-e-muito-improviso/#comment-1034">Echo Boomer</a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyJ2RTDJ5b8ciUQTbzLFVcMTEx7jvTz5lwLwmnQhALJBZSRBe_VJ51TFcWquo0sQEmJTxGUjS-6ED0qRB2NSzhlhTZrYfL7nBIM3zENqlzPyMph_IHSjnmiWJcG6W-oWjRfpZAPg9PUu22/s1600/Capturar.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="442" data-original-width="783" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyJ2RTDJ5b8ciUQTbzLFVcMTEx7jvTz5lwLwmnQhALJBZSRBe_VJ51TFcWquo0sQEmJTxGUjS-6ED0qRB2NSzhlhTZrYfL7nBIM3zENqlzPyMph_IHSjnmiWJcG6W-oWjRfpZAPg9PUu22/s640/Capturar.PNG" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="text-align: justify;">Onze anos após a sua última atuação em Portugal, na qual celebrou um aniversário, Bebel Gilberto – grande nome no panorama da música brasileira – voltou, este ano, a pisar dois palcos portugueses: primeiro no Porto (n’A Casa da Música), a 8 de abril, e depois em Lisboa, no dia 9 (no Teatro Tivoli BBVA). O Echo Boomer esteve lá para contar tudo em primeira mão e deixa um gostinho da boa energia de Bebel aos fãs que, por algum motivo, não puderam assistir. </span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">O espetáculo começou intimista, apenas com uma meia luz sob Guilherme Monteiro, guitarrista e amigo de longa data de Bebel. A entrada da artista fez-se acompanhar com uma sentida salva de palmas; surgiu a dançar de forma fluída, com um top brilhante, que apenas complementava o brilho natural que a artista já transpira pela sua presença. </span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">“Momento”, tema do álbum homónimo, de 2007, começou sorrateiro, abrindo o concerto. “Lisboa, meu amor”, começou por dizer, dando as boas-vindas ao público. Ao longo de todo o concerto, aliás, Bebel manteve uma comunicação fluída com o público, com pitadas de humor, inclusivamente deitando-se no palco e dizendo que foi algo que aprendeu com a grande Maria Bethania, fazendo-nos sentir como se estivéssemos em palco com ela. </span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">Extremamente expressiva, genuína e espontânea, transmitiu-nos uma autêntica sensação de warm welcoming, tal como é a música dela em geral. Solta, desprendida, carinhosa, simplesmente ela mesma numa entrega total ao momento. </span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">Com uma <i>setlist </i>definida mas com muita flexibilidade de desvio, flexibilidade essa partilhada com a plateia, Bebel cantou algumas faixas de improviso, como por exemplo “Lisboa boa noite (…) agora eu vou cantar uma música que tem mais um papaparapapapara; na verdade a Bebel põe papapa em todas as canções e todas as canções dela têm papapa, agora vai cantar comigo, se quiser me acompanhar nessa canção”. Também brincou muito com a gastronomia portuguesa, referenciando o bacalhau com natas numa das suas faixas de improviso, arrancando autênticas gargalhadas do público.</span><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/V9GFJw2ffI4" width="560"></iframe><iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/mbl4mH7Ye40" width="560"></iframe> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao longo do concerto, entre improvisos e risos, Bebel revisitou alguns dos seus clássicos de samba e bossa nova, que marcaram os momentos mais altos da sua carreira de 30 anos. É o caso das famosíssimas “Baby” e “Simplesmente”, também do álbum Bebel Gilberto – que colocou toda a plateia a cantar em uníssono e a sorrir com o tom enternecedor destas músicas – e a tropical “Aganju”, escrita pelo também reconhecido artista brasileiro Carlinhos Brown. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Foi com emoção que Bebel falou do recente falecimento da sua mãe aos 81 anos, a também famosa cantora brasileira Miúcha, aproveitando para cantar alguns dos seus temas, em jeito de homenagem – como “Just One of Those Things” (com João Gilberto) e “Comigo É Assim” (com Tom Jobim). De álbuns mais antigos, temos “August Day Song”, “Mais Feliz”, “Sem Contenção” e “So Nice”, todas do álbum Tanto Tempo, lançado em 2000. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Contámos ainda com uma cover de “Harvest Moon”, de Neil Young, – e, aqui entre nós, ficou a faltar uma das mais bonitas covers também já feitas pela Bebel: “Samba da Benção” (originalmente de Vinicius de Moraes). Afinal, a letra de “Samba da Benção” (“é melhor ser alegre que ser triste / A alegria é a melhor coisa que existe / É assim como a luz no coração / Mas pra fazer um samba com beleza / É preciso um bocado de tristeza / É preciso um bocado de tristeza / Senão não não se faz o samba não”) resume toda a aura musical da artista: uma felicidade serena que toca na tristeza e a necessidade de haver tristeza para haver beleza e composição de música. Mas, pelo charme de todo o concerto, não só pelas músicas em si como por todo o encanto enternecedor que a artista imprime na sua atuação, está perdoada por essa “falta”. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para encore, dois dos seus temas mais conhecidos, “Samba e Amor” – tema gravado com o seu tio Chico Buarque – e “Preciso Dizer Que Te Amo” – o seu primeiro tema gravado em estúdio, em 1986.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/op-KbQyC3Rw" width="560"></iframe> </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bebel respira música e nota-se que esta é a arte que preenche a sua alma – não corresse a música no seu sangue, sendo filha de Miúcha e João Gilberto, e sobrinha de Chico Buarque. Bebendo das suas heranças, nunca desiludiu, contando com uma carreira sólida, estando o lançamento do seu próximo álbum previsto para este ano. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No palco do teatro Tivoli BBVA, era só ela e o seu companheiro Guilherme – como o nome do espetáculo, de resto, indicava, “Voz e Violão”, a base eterna da bossa nova. E, de facto, não era preciso absolutamente mais nada para sairmos de lá com o coração cheio.</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-38560569132796849012019-03-14T13:10:00.001+00:002019-03-14T13:15:35.926+00:00Mishlawi - Como sentir a música com todas as células do corpo!<div style="text-align: center;">
<img alt="Resultado de imagem para Mishlawi" height="400" src="https://studiosol-a.akamaihd.net/uploadfile/letras/fotos/5/b/c/5/5bc532d56dfbf23c43a1d91f9034104a.jpg" width="400" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Em pleno início de uma carreira bastante promissora, Tarik Mishlawi, luso-americano de 21 anos, torna-se num nome cada vez mais proeminente no panorama de hip-hop/rap português, mas não só – é já falado a nível de imprensa internacional, tendo sido referenciado como “A Revolução do Hip Hop português” pelo jornal espanhol La Vanguardia, e frequentemente referenciado como Talento Transatlântico. Os comentários nos seus vídeos do Youtube frequentemente referem que <b>Mishlawi </b>é um dos artistas hip hop mais <i>underrated</i>. Será que isso está a mudar agora, para o artista? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em plena era tecnológica e em que muito se fala na geração Millennial, foi na internet que Mishlawi começou por divulgar o seu trabalho artístico, proliferando um pouco por diversas redes sociais, acabando por fim por ser descoberto pelo já conhecido Richie Campbell.
Em 2019, no passado dia 9 de março, apresentou, pela segunda vez na sua (ainda) curta carreira, um concerto em nome próprio (sendo que o primeiro terá tido lugar no Porto, a 22 de fevereiro). O local escolhido foi o Coliseu de Lisboa e as expectativas, essas, estavam a um nível bem elevado – como se podia ver e sentir, de resto, pela euforia da jovem plateia que preenchia a arena do Coliseu. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E por falar em sentir, é exactamente sobre isso mesmo que este concerto foi. As emoções eram fortes e estavam ao rubro ao som daquilo que é um mix de hip-hop com R&B, complementado com uns toques de <i>reggea</i>, aos old school 90’s beats, complementado com instrumentais mais jazz, pontualmente. Uma mistura, se me perguntarem a mim, deliciosa e que acaricia a alma – mas com uma certa garra que me é, muito honestamente, difícil transpor em palavras.
<b>FMR (F*ck Me Right) </b>e <b>Always On My Mind</b> (um dos primeiros singles do artista) foram dois dos temas escolhidos para abertura daquela que seria uma noite de êxtase.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
Sobretudo em FMR, com aquela linha de sintetizador inicial bem provocadora, que evolui naturalmente para um tema hip hop extremamente bem concretizado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/yHmWYYYPo9M" width="560"></iframe> </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em tom mais jazzy, é tempo de Mishlawi apresentar os elementos que o acompanham em palco. Com uma forma de falar extremamente sedutora, arrastando a voz e as palavras, e com um charme que lhe é característico e que combina tão bem com toda a sua persona. Delicioso de ouvir, esboça-se um sorriso. </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta apresentação precede <b>Uber Driver</b>, que começa de forma tímida, em acapella, e cresce, ganhando corpo e transformando-se na (também) ótima música R&B que é. Bad Intentions, outro grande hit que levou Mishlawi para as luzes da ribalta faz o corpo, literalmente, estremecer, de uma forma muito agradável, com a tal “garra” que parece estar sempre presente pela linha de baixos sempre fortes e bem marcados.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/wmKWTE9IFrw" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ótimas músicas R&B são também alguns dos novos temas que o artista apresentou neste concerto, entre os quais <b>Afterthought </b>e <b>Too Basic</b>, ambos em colaboração com Trace Nova, e ambas do seu mais recente álbum de estúdio, Solitaire.
Temas como <b>Win Some Lose Some</b> (igualmente do album <b>Solitaire</b>) e <b>Rain </b>(com a colaboração de Richie Campbell e Plutonio) fazem as delícias dos amantes de um bom R&B, aqueles que compreendem o conceito de experienciar a música como um todo holístico: não apenas ouvir, não apenas escutar, nem tampouco apenas “ver”, mas sentir a música com todas as células do corpo – com os olhos fechados e de copo na mão, deixando o corpo acompanhar os flows multissilábicos, que oscilam entre graves e agudos, contrabalançados come com aquele urban feeling, resultante da presença constante e bem marcada da linha de baixos. <b>Limbo </b>e <b>Boohoo </b>fazem, de resto, as delícias dos mais românticos, aqueles que decoram os refrões e depois os cantam nos concertos, em uníssono.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/p6Ox1TmEvhA" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quase a terminar a sua actuação, o artista resgata um dos seus primeiros singles, <b>All Night</b> (single que já conta com mais de 10 milhões de visualizações no Youtube). Aqui, com um toque mais de salsa e com uma linha de saxofone distinta, temos um exemplo da mistura pontual de estilos que o artista imprime em alguns dos seus temas: All night contém uma sample do músico de jazz americano ChickCorea, acabando por misturar, assim, os estilos Latino e Trap. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para encore, o tema <b>Ignore </b>– outro tema cheio de tudo o que Mishlawi é: sedutor, desafiante, provocador, proibitivo de certa forma. Tal qual como se estivéssemos a transgredir algo, a música dele entra como um <i>guilty pleasure</i> musical para os apaixonados desta e pela vida. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com um “peace out” se despede de um concerto que, para quase estreia, diria que está aprovadíssimo.
Teremos aqui um Drake português?!</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-82712232527235412132019-01-18T15:14:00.003+00:002019-01-18T15:14:22.434+00:00Alex Page - Your Disorder | <br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><b>Qual é a tua desordem? O teu
“distúrbio mental”? O que te perturba e inquieta?</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">(já paraste para pensar nisso?!)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<img alt="A imagem pode conter: 2 pessoas, barba, chapéu e texto" height="243" src="https://scontent.flis8-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/49840207_2293483047350155_2849324554487070720_n.jpg?_nc_cat=103&_nc_ht=scontent.flis8-1.fna&oh=1b361c0d122025598b66b3298bcc26cb&oe=5CB2B8E8" width="640" /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><b>É essa a questão que, em tom
provocativo, quer Alex Page deixar para o ouvinte reflectir...<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Falo de <i><a href="https://alexpage.bandcamp.com/">Your Disorder</a></i>, primeiro
álbum de estúdio de <a href="https://www.facebook.com/alexpage.oficial/~">Alex Page</a>, banda de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pop-rock</i>
alternativo oriunda de Almada, composta por Alexandre Matias (vocalista),
Cláudio Pinto (baixista) e Ricardo Mendes (baterista). Acabado de sair,
em janeiro de 2019, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Your Disorder</i>
caracteriza-se por ser um álbum conceptual que, através de sonoridades e
melodias originais, reflecte e retrata através das mais variadas ideias, a
desordem interior que todos temos. Todos, sem excepção!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; line-height: 107%;">Adequado às tendências atuais do panorama
musical, Your Disorder é composto por 9 temas (sendo o primeiro deles um poema
declamado em português), cantados em inglês pela fabulosa voz de </span><a href="https://www.facebook.com/alexpage13th?__tn__=K-R&eid=ARAGQVmPTkC8lK_6luZqLoga5D88meB3OETbQEVJ6hgb89XQWWC_UhNkkKwEmZVRAQ43RHeHQRPGJsZy&fref=mentions&__xts__%5B0%5D=68.ARBakLYPHHekR1KHHBU5LpLzDhPCdA73RcXEE4jWN71ukxzrkglxVwM8loe9niRkmCkbtRoN1UyE0RPvNgfv3tkQ8fqptnxexh5T1QcOIWFrAYI9fz2hNTaO4OpdkkgIL2rtn3dHYI2VbAFBPWGjD4tsQTVABmS4n2fnCBjBH4t4qqtWOU0NQfDH7xMXkePAqRGZoauzO9ju7nzK-E43QkMI8w"><span style="background: white; color: #365899; line-height: 107%;">Alexandre
Matias</span></a><span style="background: white; color: #1d2129; line-height: 107%;"> mas
com uma alma bem, bem portuguesa!</span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">E é com imenso orgulho que escrevo
hoje a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">review</i> deste que é o primeiro
álbum de estúdio de um grande artista mas, sobretudo, de um grande amigo meu! O
culminar de um trabalho dedicado de anos e fruto de uma paixão como nunca vi! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Aqui fica a minha opinião sobre cada
tema, numa perspetiva extremamente pessoal e sobretudo de quem assistiu aos
primórdios de alguns destes temas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Poema
VIII<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O álbum começa com a declamação de um
poema (escrito por mim quando tinha uns 15 ou 16 anos), e declamado pelo
reconhecido ator Vítor de Sousa. Este poema fala sobre como somos tudo e nada,
como vivemos tudo e nada, e como este tudo e nada é efémero tanto quanto a vida em si - fruto de uma desordem interior que se fazia sentir já
desde aquela tenra idade. É, por isso, um poema que reflecte a mensagem global
que Alex Page pretendem passar com este álbum. Todos temos desordem interior,
só difere quando nos apercebemos disso e como lidamos com ela ao longo da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Fake
Repressed Desires<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O álbum começa com um tom extremamente
fatalista – não necessariamente no mau sentido. Fez-me lembrar Evanescence e eu
fui fã desta banda. Gosto muito do início quase em <i style="mso-bidi-font-style: normal;">acapella</i>, a voz do Alexandre apenas acompanhada do som do vento, de
um sintetizador e de um violino. Mas adoro ainda mais que, ao fim de um minuto
e meio (e quase como que um alívio por estarmos a implorar por isto mesmo),
entrem o resto dos instrumentos, a encher a música, tornando-a mais plena. De
destacar a influência de Lana Del Rey em toda a aura da canção, desde a melodia
em si, ao sentimento de fatalismo, e até mesmo na <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bridge</i>, com a letra “Vodka on the rocks / All these bikini models /
All the vanilla profit / A sweet taste of pies and ice”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">É uma das faixas que mais gosto no
álbum </span><span style="font-family: "segoe ui emoji" , sans-serif; mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-char-type: symbol-ext; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-symbol-font-family: "Segoe UI Emoji";">😊</span><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Framed Pictures<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">In a more uplifting and playful tone</i><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">, chega Framed Pictures. </span>Com uma
linha de sintetizador constante e que acaba por ser a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">baseline</i> caracterizadora de toda a música, a melodia extremamente <i style="mso-bidi-font-style: normal;">catchy</i> do refrão e das <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bridges</i> faz com que este tema fique,
mesmo, no ouvido. No meio de toda a euforia, a guitarra elétrica e os instrumentos
de sopro (saxofone, trompete e trombone) vão dando o ar de sua graça, como quem
diz, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">olha, também estou aqui</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Framed Pictures foi o 1º single de
lançamento do disco e foi uma excelente escolha, na minha opinião! É de facto
um tema cativante, que nos deixa a cantarolar após ouvi-la um par de vezes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">The
Complex<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Esta música é esperança. É o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">newcoming</i>. É uma nova Era. É renascer! É
como que uma lufada de ar fresco.<o:p></o:p></span><br />
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Esta música, para mim, é a segunda
melhor (já vão saber qual é a primeira melhor) do álbum e atrevo-me a
equipará-la, em algumas partes, a um tema que poderia ter sido escrito pela
Regina Spektor. O refrão é completamente libertador e a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bridge</i> final, essa, um grito de revolta delicioso de se ouvir. E
sentir. Extremamente bem conseguido, este tema tem tudo o que se quer de uma
música pop alternativa: faz-nos sentir que, simplesmente, faz sentido
(redundância propositada).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Looking<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Com um início muito 80’s, mas ao mesmo
tempo algo futurista, este tema é muito carismático, desde o início ao fim.
Adoro o som das palmas no refrão, remetendo-me imediatamente aos Arcade Fire,
outra banda que aprecio bastante (ou q.b.). No geral, Looking é mais um tema
bastante <i style="mso-bidi-font-style: normal;">catchy</i> e bem conseguido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Morphine<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">O meu tema absolutamente fa-vo-rito
deste álbum! É sedutor, delicado; acaricia-me a alma e fá-la dançar.<o:p></o:p></span><br />
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">A-dorooooo a cadência das notas de
piano, o cintilar do xilofone, a voz do Alexandre a arrastar-se numa melodia
enrolada e enebriada. <o:p></o:p></span><br />
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Se costumo quebrar a escala para
músicas que gosto muito (!), dentro do álbum Your Disorder, Morphine é
definitivamente um 11/10.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Well,
Well, Well<o:p></o:p></span></b></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/lNYdgwG8UAc" width="560"></iframe>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Com a participação da voz suave mas
garrida de Sofia Lisboa, este é um tema que surge subtil e vai crescendo em
camadas – começando com um sintetizador meio <i style="mso-bidi-font-style: normal;">corky</i>, sendo complementado com um baixo e um piano bem marcados e
constantes, uma <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bridge</i> a solo,
finalmente culminando num crescendo musical com uma agradável melodia em
saxofone. A forma como as vozes de Sofia e Alexandre Matias se conjugam entre
si oferece uma sensação de harmonia e até mesmo um quentinho no coração.<o:p></o:p></span><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Fazem ainda parte desta primeira
compilação de originais, os temas Black Grace e La Nuage. Confesso que foram os
únicos dois temas que pessoalmente não me agradaram particularmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Mais uma vez, dou os meus mais sinceros
parabéns Alex Page que, com muita dedicação e paixão, tornaram este primeiro
disco possível, num país como o nosso em que o reconhecimento pelas diversas
áreas artísticas é cada vez mais difícil! Conseguiram e conseguem fazer um trabalho de qualidade e que coloca a música nacional num patamar cada vez mais elevado.<o:p></o:p></span><br />
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Aconselho muito a comprarem o álbum
online (<a href="https://alexpage.bandcamp.com/">aqui</a>), pois terão acesso aos videoclips conceptuais realizados
especificamente para cada tema. Vale muito a pena!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-80276064431199468202018-12-28T18:19:00.002+00:002018-12-28T18:20:44.792+00:00Brit Floyd na Altice Arena – Um espetáculo que une gerações<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Crítica escrita originalmente para o site <a href="https://echoboomer.pt/brit-floyd-altice-arena-review/">Echo Boomer</a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTFJ2PjUm3qL4d59tNJOpF032XznT41A0pj53ZQSac2Q21P6E6OeB0i3y-IYod-tJzqUkq-gZmWe4qADQCNyB3XXOxekQASpWmCswPBOE5FthY9EFvifb53LDbaMxAl3iqU1qzDvRDwz4O/s1600/Capture.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="434" data-original-width="775" height="358" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTFJ2PjUm3qL4d59tNJOpF032XznT41A0pj53ZQSac2Q21P6E6OeB0i3y-IYod-tJzqUkq-gZmWe4qADQCNyB3XXOxekQASpWmCswPBOE5FthY9EFvifb53LDbaMxAl3iqU1qzDvRDwz4O/s640/Capture.PNG" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A cópia é a melhor forma de elogio, já dizia o ditado popular. Mas é mais com o intuito de prestar um tributo, e não tanto o de copiar (pelo menos não com a conotação negativa que pode ser conferida ao termo), que Brit Floyd, banda-tributo, leva os grandes hits dos irrepetíveis Pink Floyd a palcos um pouco por todo o mundo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este ano, para celebrar os 45 anos do inesquecível álbum <i><b>The Dark Side Of The Moon</b></i> – vendeu mais de 45 milhões de cópias e é considerado como um dos melhores álbuns de rock progressivo alguma vez produzidos – o palco do Altice Arena, em Lisboa, recebeu uma recreação à altura do acontecimento. Um acontecimento que é nada mais, nada menos, que o último concerto desta <i>tour </i>dos Brit Floyd, depois de terem passado por 154 palcos diferentes. Ainda que o nome da tour seja “The Dark Side Of The Moon“, homónimo ao álbum que pretende homenagear, esta experiência de duas horas foi uma autêntica e deliciosa viagem no tempo e uma (re)visita a muitas canções, presentes em diversos álbuns de estúdio dos icónicos Pink Floyd.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Shine On You Crazy Diamond” é o tema que faz as honras de abertura de um espetáculo que prometia e que, desde logo, começou a cumprir. O ambiente envolto em mística, os acordes das guitarras num enrolar delicioso a ecoar pelo espaço da arena, como que deixando um rasto atrás de si, as melodias nostálgicas e orgânicas – era isto mesmo que a alma estava a pedir; estavam reunidas as condições para aquecer uma noite bem fria.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“É ótimo estar de volta”, anunciou o vocalista e diretor musical, Damian Darlington, seguido de um “Obrigado” com o “r” bem enrolado, despertando o público do estado de quase transe no qual o tema anterior o tinha deixado. Para aligeirar um pouco o ambiente, segue-se “Arnold Lane”, no qual o saxofonista Ryan Saranich merece um destaque pela sua brilhante prestação a solo. Não tarda muito até que o ambiente seja de novo envolto em misticismo e que sejamos engolidos pela envolvência absoluta que caracterizam os temas de Pink Floyd – como “High Hopes” e “Sorrow”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Another Brick In The Wall” é, a seguir ao tema de abertura, o segundo momento alto da noite. Afinal, quem nunca cantarolou “We don’t need no education!”? Um clássico, pejado de rebeldia, e que contou com um brilhantíssimo solo de guitarra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em “Mother”, outro dos temas mais conhecidos, é possível ver como algumas letras da banda quase se tornaram “slogans”, com todo o público a cantar “Mother, should I run for president? Mother, should I trust the government?” – e com Damian a cantar um “Não” ressonante como resposta a cada pergunta. A propósito deste exemplo de uma letra que se tornou quase simbólica, é de revelar a natureza sociopolítica que caracteriza as composições e as letras de Pink Floyd, presente em temas como “A Great Day For Freedom”, “Southhampton Dock” e “Dogs Of War” – o que mostra que tudo isto é muito mais do que (muito boa) música ou espetáculos com efeitos visuais espectaculares e luzes de lazer. Pink Floyd é História em forma de música.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img src="https://i0.wp.com/farm5.staticflickr.com/4845/44360811070_3c91175c22_c.jpg?ssl=1" /></div>
<div style="text-align: center;">
<img src="https://i2.wp.com/farm5.staticflickr.com/4809/46178020201_67282e61f8_c.jpg?ssl=1" /></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;">Fotos: <a href="https://ritmoseblues.pt/">Ritmos&Blues</a></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A sequência “Speak To Me/Breathe” e “Time” foi uma feliz escolha de alinhamento que, entrelaçadas, num continuum psicadélico, compreendem em si toda a magia do álbum The Dark Side Of The Moon – com a devida salvaguarda para a divertida e rock n’ roll “Money”, já previamente tocada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“The Great Gig In The Sky” surge, num grito (literalmente) de (des)esperança e resignação perante a efemeridade da vida, cuja única letra é falada no início, “I’m not afraid of dying. Anytime I’ll do, I don’t mind. Why should I be afraid of dying? There’s no reason for it, we gotta go sometime”. A vocalista Angela Cervantes esteve irrepreensível na sua prestação. Uma performance transcendente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas não há tréguas, ainda. “Have a Cigar”, “The Final Cut”, “Wish You Were Here” (denunciada desde um primeiro momento com o inconfundível acorde de guitarra) e “Confortably Numb” (num intercalar entre momentos mais contidos e momentos de explosão), foram outros três grandes pontos altos da noite, sendo, igualmente, três dos temas mais acarinhados pelo público.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Todo este repertório foi acentuado com os temas do encore – uma “Brain Damage” que conflui com uma “Eclipse”, num autêntico culminar de sensações fortes; e, por fim, “Run Like Hell”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A loucura em forma de rock. “Até faz mexer o coração!”, dizia a pessoa que me acompanhava nesta noite.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda que tenha sido um concerto cheio em todos os sentidos, ficaram a faltar dois temas essenciais: “Us & Them” e “Any Colour You Like”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eis um espetáculo que une gerações. Fãs de 70 anos, que assistiram aos concertos originais da banda, e jovens de 20 anos, que estão agora a descobrir pela primeira vez as letras inventivas e filosóficas de Roger Waters, partilham o mesmo espaço.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No topo do fenómeno melódico e lírico dos temas de Pink Floyd, a arte exibida por cada vocalista e instrumentalista foi impecável. Através das luzes e visuais cativantes, chegamos quase à utopia musical. Pink Floyd e Brit Floyd são lembretes de como a música pode ser omnipotente na sua habilitade de transportar e conectar. Unir, firmar e imortalizar. No final de contas, é a coisa mais próxima que temos à magia, e este espectáculo relembrou-nos bem disso.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>E é isto que, verdadeiramente, define uma banda como sendo intemporal.
</b></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-56478653169170178882018-10-24T12:00:00.000+01:002018-10-24T12:00:05.526+01:00Tribalistas – 15 anos depois, é como se nunca tivessem parado de criar música<div style="text-align: center;">
<img alt="Resultado de imagem para tribalistas" height="426" src="https://f.i.uol.com.br/fotografia/2018/03/28/15222481325abba9c416bfd_1522248132_3x2_md.jpg" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Admitidamente impreparados, foi 15 anos depois do lançamento do seu primeiro álbum que a banda de música pop brasileira, Tribalistas, se apresentou pela primeira vez ao vivo em Portugal. <i>Impreparados</i>, pelo menos assim o admitem em várias entrevistas, os três artistas que compõem este trio, confessando que o primeiro álbum surgiu de forma totalmente espontânea e que, sem qualquer expetativa, vendeu qualquer coisa como cinco milhões de discos. Fazer música sempre foi algo espontâneo, não planeado, e fruto de uma paixão partilhada pelos três.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Corria o ano de 2003 quando o <i>single </i>“Velha Infância” chegou e veio para ficar, apaixonando corações do público português – para nunca mais ser esquecido. Este é, no entanto, apenas uma das 56 músicas que Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes compuseram, sempre – e isso é notório – com grande genuinidade, paixão e amizade que os une há 25 anos e que vai bem para além da música. Em 2017, o trio já havia voltado a apresentar novo trabalho, com o lançamento de novo álbum, homónimo ao primeiro: simplesmente, <i>Tribalistas</i>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"></span><iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="445" src="https://www.youtube.com/embed/zwqrmEMB0wc" width="789"></iframe></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Embora a sonoridade seja consistente entre os dois álbuns – apesar do tempo que entre eles dista – é de destacar a natureza mais sociopolítica dos temas abordados no álbum mais recente, em contraste com uma mensagem mais positiva que caracteriza o primeiro, diferença esta que resulta das diferentes realidades que o país atravessava na altura e atravessa agora.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Ainda assim, é com essa tal naturalidade que a banda aborda temas sérios de forma leve. É fluidez o adjetivo que melhor caracteriza as melodias das suas canções, num mix perfeito entre música popular brasileira, bossa nova, pop e samba. Foi com entusiasmo que o concerto abriu com os temas “Tribalismo” e “Carnavália”, ambos do primeiro álbum, numa explosão de energia e boa disposição, tão natural dos nossos irmãos brasileiros! “Agora é a nossa vez de colonizar vocês”, bem avisou Arnaldo Antunes logo após a terceira atuação, “Um Só” (esta, já do seu trabalho mais recente, de 2017). E colonizaram… Com espírito de festa!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">E é com muita, muita graciosidade que chega suavemente em temas como “Anjo da Guarda”, “Um a Um” e “Água também é Mar” (admitido, ao vivo, por Marisa, que este é um dos temas mais “pré-históricos” composto pelo trio ainda antes de surgir o primeiro álbum), numa sonoridade tão reconfortante que podiam perfeitamente ser canções de embalar.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/P4vjlwjGTrE" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Entre os temas mais atuais, são de destacar “Fora da Memória”, “Diáspora”, “Ânima” e “Aliança” – valendo a pena destacar que é completamente heartwarming e uma delícia para os nossos ouvidos o equilíbrio perfeito e harmonioso entre a voz dos três artistas: a voz suave, como uma brisa do mar, de Marisa Monte; o timbre profundo, como um baixo humano, de Arnaldo Antunes; o tom amadeirado e quente da voz de Carlinhos Brown. Os três, numa harmonia perfeita, numa só voz</span>.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Num concerto já, por esta altura, completamente impregnado de nostalgia, e para ajudar ainda mais, segue-se o tema “Velha Infância” – sim, aquele, que ficou eternizado como das baladas mais bonitas da década de 2000. Não tiremos mérito algum, porém, aos igualmente encantadores e românticos temas “É Você” e “Carnalismo”. Com estas três de rajada, quem ainda não chorava só podia ter uma pedra no lugar do coração. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/nNFm6HHs4Jg" width="560"></iframe>
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/b-WplUjSn3E" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Não foram descurados vários temas apenas de Marisa, nomeadamente a muitíssimo conhecida “Amor I Love You”, a poética “Vilarejo”, a pejada de tons western “Infinito Particular”, a característica samba “Universo ao meu Redor”, a romântica “Depois” e a doce “Até Parece / Não é Fácil”. Mais doce ainda é “Lá de longe”, que chega e passa sorrateira, contrastando com a crua “Trabalive”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/8XQSZ9UC-Hc" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">25 músicas e duas horas de concerto depois, havia ainda um hit em falta. O trio não podia desiludir, e não desiludiu. “Já Sei Namorar”, pois claro, estava (finalmente) ali para fazer todo o mundo cantar, dançar e abraçar muito! O “uh uh uh uh” característico ficou a ecoar por todo o pavilhão do Altice Arena… Até que tudo termina no clímax do encore, com a repetição dos temas “Velha Infância” e, tal como havia aberto o concerto, “Tribalismo”. </span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Preparados ou não, com mais ou menos tempo entre si, o que é certo é que, quando Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Marisa Monte se juntam para compor, a humanidade agradece!</span></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-34324991882169932982018-10-22T13:45:00.000+01:002018-10-22T13:45:51.229+01:00Best Youth na Timeout Market Lisboa: Como o synth-pop nos conquistou<br />
<div style="text-align: center;">
<img alt="Resultado de imagem para best youth" height="479" src="https://imagens.publicocdn.com/imagens.aspx/912873?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG&w=823" width="640" /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Imagem: <a href="https://www.publico.pt/2015/04/03/culturaipsilon/noticia/best-youth-1690976">Público</a></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Crítica escrita pelo João Cunha para o site <a href="https://echoboomer.pt/best-youth-timeout-market-lisboa/?fbclid=IwAR2zP7MNQ5tWMGyqAO6es9_gFPPLRuupngKLF3Qx1BDxiRmMpbVBTHsh1rA">Echo Boomer</a>.</span></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /><div style="text-align: justify;">
O Timeout Market Lisboa recebeu os Best Youth na passada sexta-feira para uma noite onde o synth-popreinou. O mote foi a apresentação do novo álbum Cherry Domino, o segundo longa-duração da banda, lançado digitalmente em junho passado. De notar que entre o álbum de estreia Highway Moon e este distam três anos – entre os lançamentos houve ainda uma reedição desse primeiro álbum no ano passado, com direito a mais duas novas canções -, mas aqui o que interessa é a qualidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E é na qualidade que Ed Rocha Gonçalves e Catarina Salinas dos Best Youth primam. Se no álbum de estreia foram alvo de críticas extremamente positivas, a tendência deverá permanecer com este Cherry Domino. A juntar à festa foi também a apresentação de quem os acompanha ao vivo, uma verdadeira nata musical portuense, a saber: Fernando Sousa (X-Wife), Miguel Ferreira (Clã) e Tito Romão (Salto).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A aposta mostrou-se ganha logo à primeira canção: entraram de mansinho com “Feelings”, deste novo álbum, uma mostra bastante clara de que a sonoridade dos Best Youth não mudou, apenas evoluiu, para melhor. Isso mesmo nos confirmou “New Boy New Girl”, canção que se seguiu, onde a presente melancolia nas palavras de Catarina Salinas era envolvida numa canção que podia ser uma lullaby dos anos 80.</div>
</span><div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="445" src="https://www.youtube.com/embed/eNAbNLUCUt4" width="789"></iframe>
</div>
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><div style="text-align: justify;">
A exploração por Cherry Domino continua pela sublime “Nightfalls”, exercício pop onde a voz de Catarina Salinas assenta lindamente no meio do sintetizadores e das drum-machines. O ingrediente que sobressai é, claramente, a facilidade com que as canções do novo álbum nos metem a dançar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aproveitando o mote, é-nos apresentado de seguida “I’m Still Your Girl”, single de 2013, a primeira incursão no espólio que os Best Youth criaram antes de Cherry Domino seguida de “Nice Face”, fruto da colaboração com os We Trust no grupo There Must Be a Place, canção sobejamente conhecida e ouvida do púlbico português. Por esta altura do concerto, os Best Youth já nos tinham conquistado sem qualquer sombra de dúvida: a voz sussurrante e sexy de Catarina Salinas conjugava-se na perfeição com as composições de Ed Rocha Gonçalves e a prestação do grupo era cativante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A setlist foi muito bem escolhida e, conscientemente ou não, o concerto foi crescendo em intensidade perante os temas apresentados. Seguiu-se “Part of the Noise”, uma colaboração brilhante com Moullinex no novo álbum e uma forma nos levar de volta ao synthpop (e de nos pôr a dançar com facilidade, já agora!), a fabulástica “Red Diamond” e “Black Eyes” – ambas do Highway Moon – e chegamos a “Hang Out”: tempo para uma breve menção, por parte da banda, ao primeiro single da carreira, que teve várias versões até àquela que nos foi aqui apresentada. Seguiram-se “Sunbird” e “Renaissance”- inclusões na versão reeditada de Highway Moon – bem-dispostas e exemplos de um pop descomprometido, mas extremamente bem conseguido, para fechar, por ora, o baú das memórias, pois o mote (ainda) era o álbum Cherry Domino.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A entrada de “Highlights” releva bem a evolução dos Best Youth na construção de canções pop. As referências e lembranças à tão-presente década 80 não será motivo para minorizar a obra dos Best Youth, antes pelo contrário, é motivo de orgulho tal como nos mostra “Coincidence”, a balada que trouxe, por breves momentos, a calmaria ao público do Timeout Market.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas o tempo escasseava; “Desintegrate” – tema que fecha o novo álbum – com uma tonalidade subliminarmente jazzy, mas altamente eficaz, e onde a voz de Catarina Salinas subtilmente nos guia num refrão viciante fechou a sequência de novidades.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span><div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="445" src="https://www.youtube.com/embed/bEmCPuUbBy0" width="789"></iframe>
</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para o final ficaram os trunfos, as que faltavam ouvir – as que queríamos ouvir! – primeiro o single que antecedeu Cherry Blossom: o magnífico “Midnight Rain”, prova brilhante do synth pop dos Best Youth, desde os sintetizadores reminiscentes aos New Order aos acordes da guitarra límpida de Ed Rocha Gonçalves, que podiam lembrar os The Sundays. A fechar, a mais-do-que-aclamada “Mirrorball”; peça-chave do primeiro álbum e, sem dúvida, a mais aguardada. Não houve dúvidas: a noite tinha sido ganha. Pelos Best Youth e por nós. E queríamos mais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ed Rocha Gonçalves e Catarina Salina, muito envergonhadamente, disseram-nos que não tinham preparado encore, mas ainda ofereceram “When All Lights Are Down”, o final de um concerto que não serviu apenas para apresentar o novo álbum dos Best Youth, mas para os (re)confirmar como um dos projetos de música pop made in Portugal mais interessantes desta década.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Será seguro aconselhar os Best Youth a preparar encores doravante. Diz que é preciso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/yZfLSclw3u0" width="560"></iframe>
</div>
</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-51870588719025235272018-09-14T14:31:00.001+01:002018-09-14T14:41:42.312+01:00Album Review | Ariana Grande - Sweetener<div style="text-align: justify;">
A Ariana Grande foi uma descoberta relativamente recente para mim (não daquelas <i>all-time-favourite-divas</i> como a Christina Aguilera que oiço quase desde a infância), com o álbum Dangerous Woman, acerca do qual inclusivamente <a href="http://uncertainsmilex.blogspot.com/2017/03/ariana-grande-dangerous-woman-uma.html">já tinha feito uma crítica aqui</a>. Os outros dois álbuns que ela tinha lançado antes deste, confesso, não prestei muita atenção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar de ser uma descoberta recente, Ariana prendeu-me desde a primeira audição, com a sua doçura, que é algo que, na minha opinião, a caracteriza; até mesmo nos temas mais "agressivos", ela continua doce sempre. E só de ouvir a voz dela, confesso, apetece-me abraçá-la!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Então, Sweetener não é um título perfeito para o novo álbum dela?! É, sim senhora :D</b><br />
<b><br /></b>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div>
<a href="https://ksassets.timeincuk.net/wp/uploads/sites/55/2018/04/020918_AG_02_0210-v4-920x584.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="Ariana Grande - No Tears Left To Cry press shot" border="0" height="406" src="https://ksassets.timeincuk.net/wp/uploads/sites/55/2018/04/020918_AG_02_0210-v4-920x584.jpg" width="640" /></a><b><i>Sweetener</i></b> é, então, o quarto álbum de estúdio da artista, o primeiro após o acontecimento traumatizante que foi o <a href="https://www.jn.pt/mundo/interior/explosoes-na-manchester-arena-durante-concerto-de-ariana-grande-8498251.html">ataque terrorista que decorreu durante o seu concerto em Manchester</a>, com uma mensagem de não-rendição às tragédias e de "a vida continua", com o poder restaurativo da música.<br />
<br />
Não acho que este trabalho esteja ao mesmo nível do <b><i>Dangerous Woman</i></b>. Ainda assim, está muito bem conseguido!<br />
<br />
Com um álbum pejado de uma alegria discreta (<i>low-key joy</i>) constante, Ariana surpreende-me com o domínio vocal que tem, sendo capaz de passar rapidamente de um registo mais forte para um quase suspiro. E, neste aspecto, consigo compará-la à grandiosa Mariah Carey. Diria até que a Ariana é a Mariah Carey deste século, em muito me faz lembrar (as oscilações vocais, a doçura!)<br />
<br />
<b><i>Sweetener</i></b> é um álbum <i>dreamy</i> e cheio de nuances deliciosas. Começa com uma faixa em <i>acapella</i>, com a sua inconfundível voz, <i style="font-weight: bold;">Raindrops (An Angel Cried)</i>, seguindo-se <i><b>Blazed</b></i>, faixa que já não me chama tanto.<br />
<br />
E a propósito de <i><b>Blazed</b></i>, que foi produzida por Pharrel Williams, é importante destacar que 6 faixas deste álbum contaram com a colaboração/produção/escrita do artista, marcadas por idiossincrasias <i>funk-lite</i> que elevam as estruturas musicais mais convencionais do disco. Em Blazed, como já anteriormente referido, e <i><b>REM</b></i>, por exemplo, detectamos logo a presença de Pharrel.<br />
<div>
<br /></div>
Escrita por Beyoncé, esta é uma das minhas faixas favoritas! Tão <i>dreamy</i>, tão <i>joyful</i>, tão leve e deliciosa. As diferentes texturas e camadas em tom de quase brincadeira, os tons gospel, a execução quase rap de Ariana. Esta música fala de sonhos e de não querer acordar deles.<br />
<br />
(Infelizmente, a faixa <b><i>REM</i> </b>ainda não está disponível para audição na internet)<br />
<br />
Segue-se <b><i>God Is a Woman</i></b>, que é já um dos hits mais atuais!<br />
<br />
Cheia de energia feminina, Ariana aborda novamente o tema da Mulher - no álbum anterior, com o single "Dangerous Woman", e neste, com o <i>single</i> "God is a Woman".<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/kHLHSlExFis" width="560"></iframe></div>
<b><i>God is a Woman </i></b>é um tema desafiante, que acaba por misturar religião com sexualidade, uma vez que está subjacente que uma experiência sexual é algo divino, e subvertendo o "pecado do sexo" como uma sugestão de que o mesmo tem propriedades redentoras, ao invés do que está estabelecido na religião.<br />
<br />
A faixa é de empoderamento, dominância feminina e liberação sexual. Ariana canta a sua rebelião contra a expectativa, "<i>And I can be all the things you told me not to be</i>", e desafia o <i>status quo</i> de que deus é uma figura masculina e paternal.<br />
<br />
A faixa homónima ao nome do álbum, <b><i>Sweetener</i></b>, volta de novo à onda doce de Ariana, arriscando eu dizer que toda ela tem um certo tom natalício, e com sintetizadores, no refrão, que nos transportam de volta para os anos 90 (algo que tem sido tendência da música comercial hoje em dia, ir reciclar sonoridades que eram populares nesta década). Também, ainda no refrão, a <i>line</i> "<i>get it, hit it, flip it</i>" repetida é verdadeiramente <i>catchy</i>!<br />
<br />
<b><i>Successful</i></b> e <b><i>Everytime</i></b>, faixas que se seguem, muito honestamente não me dizem nada e são pontos fracos deste álbum. Successful é só arrogância e auto-promoção sem qualquer conteúdo. E Everytime, simplesmente não me convence.<br />
<br />
<b><i>Breathin</i></b>' é outro dos hits mais atuais, e das principais faixas do álbum. Com uma sonoridade muito expansiva e, na minha opinião, até algo futurista, é muito "anos 2000", transmite-me um <i>feeling</i> altamente imersivo. A-dorooooo, mais uma vez, as passagens vocais repentinas dela, particularmente nesta faixa na line "<i>Time goes by and I can't control my mind".</i><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/1BYr1br2Ee4" width="560"></iframe><br /></div>
<br />
<b><i>No Tears Left to Cry</i></b> surge novamente com um tom futurista e atual, com uma forte mensagem de "I'm over it". Sofreu, chorou, e agora está num <i>state of mind </i>em que já nem lágrimas tem, mas não quer sair desse estado; talvez um estado de <i>nirvana</i>? Um sentimento de descoberta de uma nova fase de felicidade após um período de sofrimento. <i>She's livin' it and she's lovin' it.</i><br />
<br />
<i></i><br />
<div style="text-align: center;">
<i><i>Right now, I'm in a state of mind</i></i></div>
<i>
</i>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i><i>I wanna be in, like, all the time</i></i></div>
<i>
</i>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i><i>Ain't got no tears left to cry</i></i></div>
<i>
</i>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i><i>So I'm pickin' it up, pickin' it up (oh yeah)</i></i></div>
<i>
</i>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i><i>I'm lovin', I'm livin', I'm pickin' it up</i></i></div>
<i>
</i><span jsname="YS01Ge" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: x-small; text-align: left;"><br /></span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="422" src="https://www.youtube.com/embed/ffxKSjUwKdU" width="750"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i>Borderline</i></b> surge como uma canção que parece que tem pressa de acabar. Tenho mixed feelings em relação a esta faixa! Se, por um lado, adoro aquela combinação sintetizador-batida, por outro lado, há algo na sua sonoridade que me faz lembrar um anúncio de TV. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><i>Better Off</i></b> é a balada do álbum, toda ela, lá está, com aquele ar queridinho, tão característico dela. Uma balada eletrónica calma, não das melhores que já ouvi, mas que aquece o coração!</div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<br />
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/lqM_9_LQ2Wg" width="560"></iframe>
<br />
<br />
(<i>snippet</i> da faixa)</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>Goodnight N Go</b></i>, bem como <i><b>Pete Davidson</b></i>, são também duas faixas que não me aquecem nem me arrefecem.<br />
<br />
E o disco termina com <i><b>Get Well Soon</b></i>, para mim, também uma das melhores faixas! Muito <i>jazzy</i>, muito <i>smooth</i>, transporta-me para um outro mundo, o mundo em que estou a cantar com ela.<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/MJSt-7bu0H0" width="560"></iframe>
<br />
(<i>snippet</i> da faixa)</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De um modo geral, achei um <b>trabalho extremamente coeso, que se coaduna com e mantém-se fiel à identidade de Ariana</b> (a que ela passa para o público, que me parece ser genuína). Gosto mais do álbum anterior, <i><b>Dangerous Woman</b></i>, sem dúvida. Mas <i><b>Sweetener</b></i> é, e como o próprio nome indica, <i>sweet</i> mais do que suficiente para já me ter prendido e ser o meu álbum de eleição em <i>repeat</i> desde que saiu!</div>
<br />Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-52885381413478956622018-07-24T10:26:00.002+01:002018-07-24T10:34:21.344+01:00Super Bock Super Rock 2018 | The The: Matt Johnson e a sua génese<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Review do concerto de The The, no festival Super Bock Super Bock 2018, para o site <a href="https://echoboomer.pt/super-bock-super-rock-the-the-critica/">Echo Boomer</a>.
</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;">Autoria: João Cunha</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<img alt="Super Bock Super Rock 2018 | The The: Matt Johnson e a sua génese" height="359" src="https://i0.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2018/07/the-the-no-super-bock-super-rock-2018-destaque.jpg?resize=1170%2C658&ssl=1" width="640" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Disse Matt Johnson, o <i>frontman </i>e mente por detrás dos The The – grupo nascido e crescido nos 80’s, dos quais soube aproveitar uma série de boas referências – que a primeira cidade que tem recordação de visitar é, precisamente, Lisboa, numa visita com os pais. Pois nós já praticamente não tínhamos recordação da última passagem deste por terras lusas: são precisos 18 anos para regressarmos à última atuação dos The The em terras lusas – inseridos no Paredes de Coura – ou ainda uns bons 29 anos (1989!) desde um concerto no Coliseu de Lisboa. Estas datas traduzem-se numa plateia cuja média de idade já traz alguma história, não obstante um ou grupo outro jovem que, incrível e genuinamente, vibrava com igual intensidade. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">No ano passado, Matt Johnson voltou a montar o seu <i>ensemble </i>para um novo single (“<b><i>We Can’t Stop What’s Coming</i></b>”) e acaba por dar azo a uma tournée onde se inseria este concerto dado no Palco EDP. Munidos de uma discografia que, claramente, poderia ser dividida em mais que um concerto <i>best of</i>, os The The deram um bom espectáculo, muito bem executado e sem quaisquer subterfúgios. Tendo seis álbuns para percorrer – e sendo os primeiros três os mais desejados (presunção de autor!) seria de esperar que o concerto se focasse nestes. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Abrindo a performance com “<b><i>Global Eyes</i></b>” – dum, talvez, menos amado <i><b>Nakedself </b></i>editado em 2000 – foi isso mesmo que transmitiram: a obra dos The The não se cinge apenas aos temas mais antigos e que há canções (algumas sublimes!) que fizeram de Matt Johnson e os seus The The nomes incontornáveis da cena alternativa britânica dos anos 80. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Com uma visível boa disposição, Matt Johnson mostrou que, incrivelmente mais de 30 anos depois de se estrear, a sua voz continua a debitar-nos a sua magia – a força que guia as melodias dos The The – e que estes temas continuam a encaixar-se em temas extremamente atuais, com uma sonoridade que se preservou muito bem (nuns casos mais que outros).
</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img alt="The The no Super Bock Super Rock 2018" height="426" src="https://i1.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2018/07/the-the-no-super-bock-super-rock-2018-1.jpg?fit=1280%2C853&ssl=1" width="640" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Ao segundo tema “<i><b>Sweet Bird of Truth</b></i>” (do álbum <i><b>Infected</b></i>, 1986) Matt Johnson lembra-nos que, nesta altura, o envolvimento dos EUA no Médio-Oriente era também tema emergente da altura, servido num <i>pop-post-punk </i>altamente viciante. Não nos proporcionando a mesma riqueza das versões em estúdio, todos os temas foram tocados irrepreensivelmente mostrando que o grupo vinha bem preparado. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Fomos ainda servidos com algumas raridades – neste caso um single perdido – com “<i><b>Flesh and Bones</b></i>” (1985) e ainda temas dos álbuns <i><b>Mind Bomb</b></i> (1989) – singela aparição de “<i><b>Armaggedon Days Are Here (again)</b></i>” – e <i><b>Dusk</b></i> (1992), para além de outros temas dos álbuns acima citados. Pelo meio houve ainda direito à brilhante dicotomia ditada pelas “<i><b>This Is The Night</b></i>” e “<i><b>This is The Day</b></i>” – sendo esta a primeira, e também mais famosa, incursão pelo álbum de estreia <b><i>Soul Mining </i></b>(1983). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Chegados à parte final, esperava-nos uma fabulosa tríade: “<b><i>Infected</i></b>”, “<i><b>I’ve Been Waitin’ For Tomorrow (All of My Life)” </b>e<b> “Uncertain Smile</b></i>” – onde, com alguma desilusão, se nota que a mistura de som não foi a melhor, pois o espetacular solo de piano (uma obra-prima composta e tocada por Jools Holland no original) esteve, apesar de bem executado, assoberbado pelo som dos restantes instrumentos. Ainda assim, a chave de ouro. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Dadas as poucas oportunidades que tivemos de os ver, penso que os The The cumpriram a quem os desejava voltar a ver, ou – tal como o autor – nunca os tinham visto. Ficaram a faltar outros grandes trunfos – “<i><b>The Sinking Feeling</b></i>”, “<i><b>Good Morning Beautiful</b></i>” ou “<i><b>Out Of The Blue (Into the Fire)</b></i>”, só para citar alguns – que fariam este concerto mais grandioso, mas tais composições têm sido deixadas à parte nesta tourneé. Talvez Matt Johnson não estivesse para aí virado. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Maybe next time…</span></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-82688828289937617332018-07-10T12:17:00.001+01:002018-07-10T12:25:53.716+01:00Christina Aguilera - Liberation | Album ReviewAviso à navegação: esta review está longe de ser imparcial. :P<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Finalmente chegou o tão aguardado
oitavo álbum de estúdio de Christina Aguilera!</b> Como uma das minhas artistas
favoritas de sempre, desde o <i>Stripped </i>(que ouvia, cantava e sabia de cor de
trás para a frente, aos 12 anos de idade, e ainda hoje, aos 28, é dos meus álbuns
de eleição e não dispenso cantar uma boa “Walk Away” com ela), não o ouvi de imediato
assim que saiu, mas nas últimas duas semanas não tenho ouvido outra coisa. Tinha
de o conhecer ao detalhe!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<img alt="Resultado de imagem para christina aguilera liberation" height="419" src="https://i1.wp.com/br.nacaodamusica.com/wp-content/uploads/2018/05/Christina-Aguilera.jpg" width="640" /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para mim, o melhor álbum dela foi
mesmo o <i>Stripped </i>e ainda não foi este seu mais recente trabalho que tirou o
outro do primeiro lugar no pódio. Também adorei o <i>Back to Basics </i>mas, depois, o <i>Bionic </i>e o <i>Lotus
</i>foram uma regressão. Nunca me convenceram a 100%, por mais que tentasse. Então,
a expectativa era alta para este novo trabalho – <i>Liberation </i>– mas sempre com um
pé atrás.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Surpreendeu pela positiva, mas ao
mesmo tempo, deixou um pouco a desejar em alguns aspectos. Há músicas que amo e outras que não me
dizem nada (e, ainda, uma que detesto mesmo). Mas de um modo geral, gostei
muito deste álbum, só acho que tem poucas músicas. 15 músicas, em que 4 são
<i>intros</i>; então, só dá 11 músicas completas. Chego ao fim do álbum com vontade
que houvesse pelo menos mais 3 ou 4. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas antes de ir já para o que
falta no fim, comecemos pelo início!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Liberation</span></b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Interlude </i>bonito, mas é só isso
(já foi feito, já foi ouvido, está uma introdução bonita mas não passa muito
disso; gostava que tivesse mais a voz dela, em vez de ser só instrumental –
tipo o <i>interlude Love Embrace</i>, por exemplo).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Searching for Maria & Maria</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/3j5_aXPjNDo" width="560"></iframe>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Incluo estas duas faixas numa só,
visto que a primeira é o <i>interlude </i>da segunda. <i>Maria </i>reflecte o sentimento de
Christina (cujo segundo nome próprio é Maria) de se ter perdido de si própria
ao longo do tempo. No Twitter, a artista partilhou que “<i>Maria is a homage to
the lost side of herself</i>”. Enquanto que, em <i>Stripped</i>, a ideia que imperava era a
de ser ela mesmo enquanto artista (contrariando o ter começado a sua carreira
ao vender a sua alma), ao longo da sua carreira acabou por se perder um pouco e
agora procura novamente o espírito dela. Recorrendo à personagem de Maria do filme <i>The
Sound of Music </i>(A Música no Coração, em português), utiliza-a como uma metáfora para uma versão mais jovem e
inocente de si mesma, reflectindo sobre o impacto que uma vida sob a luz dos
holofotes teve sobre ela, trazendo uma espécie de crise de identidade
provocada pela fama. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<i>All my life, wouldn't give up</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Was too young to know the difference</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>How did I get so low?</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>When did I turn so cold</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Inside of my own mind, I believe my own lies</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>I'm facing the mirror</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Where, where, where is Maria?</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Why, why, why don't I see her?</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>I, I just wanna see her</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Why, why, why don't I see her?</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>I, I just need to see ya, Maria</i></div>
<o:p></o:p><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Definitivamente, um momento
introspectivo. Em termos sonoros, na minha opinião, é uma das melhores, senão
mesmo a melhor faixa do álbum. É completa em todos os sentidos, e em certos
momentos até me remete um pouco para a sua faixa <i>Mercy</i> (do álbum
<i>Back2Basics</i>), com alusões a um ser divino e a uma espécie de salvação <i>(“Oh, my
lord / Can you take away this heavy load? / I can't carry it anymore / I'm callin' an angel, where is my saviour"). </i><br />
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em termos de voz, nem vale a pena
destacar muito mais que, para mim, é <b>a melhor voz pop de sempre</b>. Algo que está bem presente no grito quase de revolta dela na <i>bridge "Can you hear me calling? My whole world is falling!".</i><br />
<br />
Dificilmente
alguém a conseguirá suplantar neste campo. A voz dela é simplesmente
per-fei-ta. Sem qualquer imparcialidade da minha parte! :P<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Sick Of Sittin'</b><o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aqui está a única música deste
álbum que simplesmente não gosto nada. Numa tentativa de ter uma <i>Fighter </i>neste álbum também, mas<i> Sick Of Sittin</i>' não chega aos calcanhares de <i>Fighter</i>.
Então, não tendo nada de bom a dizer, não direi mais nada... <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Dreamers</span></b><o:p></o:p></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mais uma <i>intro</i>, com diversas
vozes de crianças a dizer o que querem ser quando crescerem. Achei fofo, mas só
isso. Não é uma música. Faz sentido, <i>though</i>, preceder a faixa seguinte...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Fall in Line<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/3Q2j5ApzSqs" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>E duas rainhas juntaram-se e
fizeram magia, nesta canção em conjunto com a não menos diva <a href="http://uncertainsmilex.blogspot.com/2018/06/rock-in-rio-lisboa-2018-demi-lovato.html">Demi Lovato</a>!</b> Outra
faixa que, para mim, é das melhores do álbum. O movimento #MeToo está aqui bem presente,
com uma mensagem bem forte de empoderamento feminino – assim, no seguimento de <i>Dreamers</i>,
Aguilera e Lovato cantam a plenos pulmões que não foram feitas para
simplesmente ficarem “na linha” (“<i>I wasn’t made to fall in line</i>”). Um incentivo
a que corramos atrás dos nossos sonhos.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ainda que Demi seja, também ela,
uma <i>pop star </i>de excelência, nesta música a voz de Christina claramente acaba por dominar
bastante. Lá está, dificilmente alguém suplanta a rainha Christina. E eu gosto imenso da Demi, também.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Right Moves<o:p></o:p></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Depois de um início de álbum bem
introspectivo, surge uma faixa bem mais <i>light</i>, com uma <i>vibe </i>meio <i>hazy </i>e com
muitas influências <i>reggae</i>. Um pouco como "Get high on the beach" de <a href="http://uncertainsmilex.blogspot.com/2017/08/lada-rel-rey-lust-for-life-review_7.html">Lana del Rey</a>. É uma música girinha, mas que
fica longe de me deslumbrar.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Like I Do</b><o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Zz_JEN74evU" width="560"></iframe>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Esta foi amor à primeira audição.
Aquele início bem prolongado, aquela<i> vibe badass</i> que eu gosto tanto nela, o
facto da voz dela só entrar após o primeiro minuto completo e ser uma lufada de
ar fresco. A referência ao grande Marvin Gaye e a sua tão famosa música “<i>Let’s
Get It On</i>”. A voz dela utilizada de forma doce mas <i>fierce </i>ao mesmo tempo, as
estrofes em rap de GoldLink, aquela batida constante, aquele sintetizador
ousado. É uma música extremamente bem conseguida, do início ao fim, completamente viciante –
daquelas que oiço em <i>repeat, repeat e repeat </i>sem me cansar!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Deserve</span></b><o:p></o:p></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
À semelhança de <i>Masochist </i>(que
vou falar mais à frente, mas que referencio agora pois são duas faixas que, a
meu ver, são equiparáveis), <i>Deserve </i>é uma balada eletrónica minimalista. Nada
de extraordinário, mas bonitinha, <i>catchy</i>, que fica no ouvido. A-doro o efeito
da voz dela nesta faixa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Twice</span></b><o:p></o:p></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/q1jzwV_s8_Y" width="560"></iframe>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Absolutamente uma das melhores
faixas deste álbum. Com um início em <i>acapella </i>que me faz arrepiar sempre,
começa o piano e as lágrimas querem rolar. Nem consigo descrever o quanto esta
música me toca, a sério. A primeira estrofe, só a voz dela e o piano, e
finalmente o refrão, em coro. A letra, extremamente triste e angustiosa, de
quem “encontrou o preço do amor e perdeu a cabeça”. Continuo a achar que é nas
baladas que Christina é melhor. Aquela voz tão suave quando tem de ser, e tão
cheia e <i>powerful </i>quando tem de ser também. Mesmo só em <i>acapella </i>esta música
seria fabulosa. Não adoro, AMO!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>I Don’t Need It Anymore</b><o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Outra intro, só em <i>acapella</i>, e em
coro. A <i>line </i>“I Don’t Need It Anymore” já tinha sido incluída na faixa <i>Sick Of
Sittin'</i> mas escusado será dizer que, para mim, fica bem melhor neste <i>interlude
</i>:P<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Accelarate</span></b><o:p></o:p></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Christina trying to be 2018. Well, she
tried and she did it.</i> Aqui está uma faixa extremamente atual mas que, a meu
ver, não foi um tiro certeiro para ela. Bom, tenho <i>mixed feelings</i>! A primeira
vez que ouvi na rádio, pensei, “Isto é a minha Christina?”. Muito básico. Gosto
do embalamento e da melodia da estrofe “<i>I be with my ladies you can find me
there / Try to play us, we gon' start a riot up in here</i>”, gosto (bastante) da
<i>bridge </i>em rap de 2 Chainz, gosto muito da segunda <i>bridge </i>com aquele “Uh
Uh Uh” básico e sintetizadores a acompanhar e adoro o final (os últimos 20
segundos).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas detesto a voz meio <i>drunk</i> do Ty
Dolla $ign ali pelo meio da voz dela, acho a música pouco melódica, não acho
piada ao refrão e acho a letra muito básica. Portanto... Ok, é um <i>hit </i>de rádio
atual com alguma piada, mas fica-se só por aí. É que ela é capaz (e como o
mostra noutras faixas deste álbum) de muito melhor.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Pipe</span></b><o:p></o:p></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sexy do início ao fim. Muito
<i>smooth</i>, muito RnB, muito aliciante. Aquela batida constante e deliciosa. Não é
das melhores, <i>though</i>! É das poucas canções em que Christina não puxa pela voz,
mantendo um registo sempre estável e muito suave.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Masochist</span></b><o:p></o:p></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como já tinha referenciado mais
acima, equiparando a “Deserve”, outra balada eletrónica. Desta feita, com uma
letra que remete para a submissão dela em se deixar dominar por alguém que a
magoa, culpabilizando-se por isso, sendo assim, <i>some kind of masochist</i>. “<i>Cause loving you is so bad for
me, but I just can’t walk away</i>”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em termos de letra, sempre que
oiço esta música lembro-me da sua icónica (e uma das minhas favoritas do álbum
<i>Stripped</i>) música <i>Walk Away</i>. Parece ser uma constante, na vida de Christina, o
dilema de estar em situações dolorosas das quais não consegue sair, não é? :P<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Unless It’s With You</b><o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/RWbZ4NGpKNI" width="560"></iframe>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Mais uma que está no meu top 3 de
melhores faixas deste álbum. Esta canção é, simplesmente, <b>perfeita</b>, para mim. <o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em termos de letra, e apesar de
ser na sua generalidade bastante “cliché” em termos de <i>cheesyness </i>de uma
<i>lovesong</i>, gosto do <i>twist </i>do título e do final do refrão: “<i>Cause I don’t wanna
get married, unless it’s with you, unless it’s with you</i>”. Podia ter dito
simplesmente “<i>I only wanna marry you</i>”, mas inverteu a letra para passar a mesma
mensagem. <o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A voz dela aqui, mais uma vez,
completamente <i>flawless</i>. O que para muitos é “gritaria” (e compreendo), para mim
é <b>a melhor voz pop do mundo a manifestar-se em todo o seu esplendor.</b><o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E os coros e todo o ambiente de
balada pop romântica dos anos 90 (em muitas coisas me faz lembrar músicas da
Mariah Carey, por exemplo).<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<b>De todas as músicas, esta é a que
já ouvi mais vezes. Para aí umas 3748.<o:p></o:p></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<i>Unless It's With You </i>é um fim perfeito para este álbum, mas fico sempre com aquela sensação de que faltam mais algumas faixas. Está demasiado curto, o álbum.<br />
<br />
<br />
Posso dizer que <i>Liberation </i>é, a partir de agora, o meu segundo álbum favorito de Christina. Gosto menos do que o <i>Stripped</i>, mais mais do que o <i>Back2Basics - </i>os 3 melhores álbuns dela, na minha opinião. Continuo a ficar deslumbrada com a voz dela (oiço tanto e canto tanto, que tenho tics de voz dela!!!). Ela continua a arrepiar-me e até a chorar (neste caso, com a faixa <i>Twice</i>).<br />
<br />
Amava que ela viesse dar um concerto e Portugal e nem olharia ao preço do bilhete. Se ela vier a algum país da Europa, sou bem capaz de voar até lá só para a ver ao vivo! Nunca vi!</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-4128361361879610702018-07-03T16:48:00.001+01:002018-07-24T10:35:10.753+01:00Rock in Rio Lisboa 2018 | Katy Perry – Um mundo popsicle no parque da Bela Vista<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Review do concerto para o site Echo Boomer.</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;">Autoria: Cláudia Silva</span></b><br />
<br />
Ainda que o slogan do Rock in Rio Lisboa seja “A cidade do rock”, a edição de 2018 claramente ficou marcada pelo Pop. Foi um dos géneros predominantes do cartaz principal e, depois de Demi Lovato, Bruno Mars, Haille Steinfield e Jessie J, o último dia do festival termina em grande com a atuação de Katy Perry. </div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="426" src="https://i0.wp.com/canoticias-sqpn0japclmw8ioyo9j.netdna-ssl.com/wp-content/uploads/2018/07/Katy-Perry-no-Rock-in-Rio-Lisboa-2018.-Fotos-por-Ag%C3%AAncia-Zero-2.jpg?fit=870%2C580&ssl=1" width="640" /></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Com um total de 23 músicas e nada menos do que seis mudanças de roupa (cada <i>outfit </i>mais extravagante que o outro), a artista mostrou que, para a sua primeira vez na versão portuguesa deste festival, dedicou-se à preparação do <i>show </i>e não se mostrou nada menos do que exuberante. Uma autêntica <i>pop star</i>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O concerto abre com um <i>snippet </i>de um tema do novo álbum, <i>Witness</i>, em que Katy surge por detrás de uma nuvem de fumo branco. Desafiando o público desde um primeiro momento, com a pergunta <i>“Will you be my witness tonight?”</i>, segue para outro tema do novo álbum, “Roulette”, com uma outra provocação, “<i>Will you roll the dice?</i>”. E chovem, sobre o público, <i>confettis </i>com as formas dos naipes de um baralho de cartas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<img alt="Foto: Agência Zero" height="426" src="https://i2.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2018/07/Katy-Perry-no-Rock-in-Rio-2018-9.jpg?fit=1024%2C682&ssl=1" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se começa o seu concerto com provocações, continua com uma <i>vibe </i>meio obscura, meio sensualizada, com o tema “Dark Horse” – mostrando aqui o lado <i>badass </i>de Katy (que, usualmente, tende a ser mais doce, e <i>cotton-candy-like</i>). De um modo geral, pode-se dizer que Katy é uma artista versátil, encarnando várias personagens, vários estilos tanto visuais como musicais, e isso foi transposto para este concerto. Temos como exemplos clássicos o <i>teenage pop-rock</i>, meio revoltado (com temas como “Part Of Me”) e a versão mais dance eletrónica e muito <i>popsicle pop</i> como “Chained to The Rythm”, “Last Friday Night” e “California Girls”. O concerto foi completo, e até teve direito a uma mascote (muito fofa!) em forma de tubarão durante a música “Teenage Dream”. E, claro, ao longo de toda a atuação, acompanham Katy performers de dança, com outfits extravagantes que tornaram o espectáculo visualmente mais rico. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O seu primeiro hit “I Kissed a Girl” surge exatamente a meio do concerto e é um momento de grande euforia, sobretudo porque neste tema a artista pousa sobre si uma bandeira arco-íris, símbolo da causa LGTB – passando uma mensagem importante e atual, de inclusão, tolerância e aceitação. Katy sabe que tem influência sobre as camadas mais jovens e utiliza a sua popularidade para promover princípios importantes. Foi uma atitude de louvar e aplaudir. Aliás, ainda que possa ser uma “moda”, a verdade é que muitos artistas hoje em dia utilizam a sua influência para defender mensagens importantes; Jessie J, que pisou o palco minutos antes de Katy, também havia passado ao longo do seu concerto algumas mensagens de auto-amor. </div>
<div style="text-align: center;">
<img alt="Foto: Agência Zero" height="426" src="https://i0.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2018/07/Katy-Perry-no-Rock-in-Rio-2018-12.jpg?fit=1024%2C682&ssl=1" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outro momento de grande euforia foi o famoso “Hot n’ Cold”, no qual a artista surge vestida com um painel digital no peito que vai mostrando as palavras “Hot” e “Cold“. Aproveitando o facto de ter ascendência portuguesa (um dos seus tetravôs é dos Açores), cria um momento de interação brutal com o público, questionando como se dizem estas palavras em português; depois de, em uníssono, todos dizermos “quente” e “frio”, a cantora repete as palavras com um sotaque quase perfeito, tudo isto antes de começar a cantar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O concerto contou, ainda, com bastantes temas do seu recente álbum – “Dejá Vu”, “Power”, “Into Me You See”, “Bon Appetit” (esta, com direito a uma pequena mescla com “What Have You Done For Me Lately” de Janet Jackson, em jeito de tributo) e ainda “Pendulum” como uma das músicas do Encore. Nota-se um crescimento, um amadurecimento evidente de Katy enquanto artista, neste seu último trabalho, em comparação com os anteriores. Se, antes, Katy era muito <i>teenage-highschool-pop</i>, neste último álbum a artista revela, aqui, um lado mais obscuro, e com uma certa influência futurística e tecnológica (talvez o tema também ele comercial “Swish Swish” seja o que mais destoa desta <i>vibe </i>geral do novo álbum, regressando às suas origens mais pop e <i>catchy</i>); ainda assim, continua na linha pop, sendo referenciado pela imprensa como Futurepop – uma junção de synthpop com influências de trance. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porém, não foram as novas músicas que mais mexeram com o público, foi sim, com os êxitos mais antigos que o pessoal mais vibrou. “ET”, “Wide Awake” e “Roar” – cantada a plenos pulmões, pela Katy e por nós! – e “Fireworks” para o último encore, trouxeram nostalgia aos fãs que a seguem desde sempre. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E foi com “Fireworks” e, mesmo, com fogo-de-artifício, que terminou mais uma edição deste grande festival.</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-52502503447329701852018-07-02T12:40:00.003+01:002018-07-24T10:35:15.243+01:00Rock in Rio Lisboa 2018 | The Chemical Brothers – Um verdadeiro assalto aos sentidos<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Review do concerto para o site Echo Boomer.</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;">Autoria: Cláudia Silva</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: large;">Há espetáculos que nos prendem desde o primeiro minuto, e a atuação dos The Chemical Brothers é um exemplo disso mesmo. Mais do que simples música, a banda apresenta uma exposição visual incrível, completamente hipnotizante.</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<img alt="The Chemical Brothers no Rock in Rio 2018" height="426" src="https://i1.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2018/07/The-Chemical-Brothers-no-Rock-in-Rio-2018-8.jpg?fit=1280%2C853&ssl=1" width="640" /></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
“Go” foi o tema eleito para a abertura deste espetáculo – escolha não despropositada pois foi o primeiro single do último álbum Born in Echoes – que acaba por ser muito mais do que um simples concerto. É uma experiência autêntica, do início ao fim. Misturando o género eletrónico com <i>big beat, dance music alternativa e trip-hop</i> (com a sua natureza psicadélica), a banda consegue criar uma sonoridade muito <i>sui generis</i>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Intercalando entre temas que, por si só, já se tornaram históricos na obra dos Chemical Brothers – caso inevitável “Do it Again” do álbum We Are The Night de 2007 (sim… já lá vai uma década), ou indo ainda a hinos mais antigos (“Block Rockin’ Beats”, “Hey Boy Hey Girl” e “Galvanize”) como ainda um cheirinho do que aí virá com a nova “EBW 12”, houve espaço para intrusões à já vasta discografia dos rapazes de Manchester. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tom Rowlands e Ed Simons, a dupla que forma esta banda, optam por se esconder ao fundo do palco, algo que é já característico dos dois artistas nas suas atuações ao vivo, deixando o destaque dos seus espetáculos ser os efeitos visuais que apresentam, em detrimento de si mesmos. E que espetáculos! Fascinantes, tema após tema, o que se apresenta diante dos olhos do público, puxando por todos os sentidos, sempre com vídeos e efeitos visuais altamente apelativos. Tanto, ao ponto da música em si quase ser secundária, mas fazer ainda mais sentido. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<img alt="The Chemical Brothers no Rock in Rio 2018" height="426" src="https://i0.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2018/07/The-Chemical-Brothers-no-Rock-in-Rio-2018-11.jpg?fit=1280%2C853&ssl=1" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Outra característica dos concertos de The Chemical Brothers: a sensação de continuidade; quase não existe “intervalo” entre as músicas, elas estão sempre ligadas de forma fluída. Uma sensação de expansão – como se sente bem presente nos temas “Escape Velocity” e “Snow/Surface to Air” – é também uma constante. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A música, essa, é feita como que por camadas: começa devagar, de forma básica mas (muito) apelativa, quase previsível… até deixar de o ser, com o acrescentar progressivo de novos sons e batidas. Minimalista conquista-nos até nos assoberbar. E se isto já é arrebatador nos álbuns da banda, ao vivo é ainda melhor, como um exponenciar de sentidos, cada batida que fazia estremecer o chão e entrava no nosso corpo. Isto, com toques psicadélicos de sintetizadores a tocar numa espécie de <i>madness</i>. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No final, a sensação com que sai dum concerto dos The Chemical Brothers é sempre a mesma: um verdadeiro assalto aos sentidos. E o mais impressionante é que a sensação já perdura há uns longos 23 anos.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<b>Crítica escrita para o site <a href="https://echoboomer.pt/rock-in-rio-lisboa-2018-chemical-brothers/">Echo Boomer</a>.</b></div>
</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-26268581208139135052018-06-28T13:40:00.005+01:002018-07-24T10:35:27.407+01:00Rock in Rio Lisboa 2018 | Bruno Mars – Funk & Fogo de Artifício<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Review do concerto para o site Echo Boomer.</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;">Autoria: Cláudia Silva</span></b><br />
<br />
<img alt="Rock in Rio Lisboa 2018 | Bruno Mars â Funk & Fogo de ArtifÃcio" height="359" src="https://i1.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2018/06/bruno-mars-stage.jpg?resize=1170%2C658&ssl=1" width="640" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bruno Mars é, frequentemente, referenciado pela imprensa como sendo o novo Rei do Pop. Uma comparação clara e direta ao grande Michael Jackson. Ainda que seja uma comparação algo ousada (e muito subjetiva), facto é que os trabalhos artísticos de ambos partilham particularidades muito próprias, misturando estilos como pop, funk, soul, blues, R&B, synthpop e uma pitada de hip-hop, formando tons e ritmos únicos e tornando as obras de ambos extremamente completas. Já para não falar no enorme carisma que têem os dois artistas, assim como a excelente habilidade para a dança. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez por ser comparado a tão grandiosa figura artística, sendo nomeadamente vencedor de inúmeros prémios, Bruno Mars é uma das sensações do momento e foi o único que, este ano, esgotou a lotação máxima do parque da Bela Vista. “Finesse”, o seu mais recente single, é o tema de abertura, trazendo a 2018 sons dos anos 90, com a sua linha de bateria constante acompanhada de efeitos sonóricos nostálgicos. O mote para um concerto todo ele marcado por uma onda old school e funk constantes – como, de resto, está presente um pouco por todos os álbuns do artista. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Segue-se outro grande êxito do momento, “24K Magic” - numa mistura daquela vibe old school muito própria dele, mas com elementos muito atuais – voltando, de seguida, ao seu álbum anterior, com “Treasure”. Sempre numa onda de energia e boa disposição, temas como “Perm” e “Chunky” levam o público ao rubro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para além das músicas, os efeitos de luzes foram também uma constante, criando um cenário visual impressionante – incluíndo espectáculos de pirotecnia e fogos-de-artifício não só fora, como dentro do palco, no seu expoente máximo duante o tema “Locked Out of Heaven”. Afinal, que mais pede a música de Bruno Mars, que não festa, confettis e alegria, numa atitude de felicidade contagiosa?! Uma energia absolutamente incrível. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E com um “Lisbon! Come On!” adivinha-se outro grande hit, “That’s What I Like”, levando quase ao êxtase os fãs mais apaixonados... por um artista com um charme incrível e um talento impressionante! Este tema foi muito bem interpretado, com um final em acapella fascinante, back vocals masculinos, numa onda apaixonadamente soul. Aqui se notou bem a interação que Bruno tem com a sua banda, composta por cinco músicos, dançarinos e artistas; tão fluída, tão bem orquestrada e sincronizada, capaz de trazer um fluxo de energia extraordinário que transparece e contagia quem assiste. </div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<img height="359" src="https://i2.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2018/06/bruno-mars-rock-in-rio.jpg?resize=1080%2C607&ssl=1" width="640" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Mas nem só de êxtase e entusiasmo se fez este concerto. Numa onda mais romântica (e, lá está, nunca é demais repetir, extremamente soul-funk), as baladas “Calling All My Lovelies”, “Versace On The Floor” (antecedido por um solo de saxofone absolutamente maravilhoso) e “When I Was Your Man” fizeram as delícias dos corações mais apaixonados da plateia, cujas lanternas do telemóvel conseguiram iluminar todo o espaço de recinto em frente ao palco. Especialmente em “When I Was Your Man”, canção que o artista canta praticamente em acapella, acompanhado apenas pelo coro da sua vasta legião de fãs. Floreando e prolongando-se em cada final de cada balada, presenteando-nos com repetições do refrão e arranjos vocais elaborados a solo e em coro, pejados de romantismo e até meio cheesy, que faz lembrar os não menos míticos no mundo pop/soul, Boyz II Man. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda que este concerto se tenha centrado maioritariamente no seu mais recente álbum, 24k Magic, o artista não podia deixar de nos brindar com alguns dos seus temas de sucesso mais antigos, entre os quais “Runaway Baby”, “Just The Way You Are” e “Marry You” (as três do seu primeiro álbum), – com direito a uma breve atuação só em guitarra (num primeiro momento, a solo), mostrando mais uma vez, que Bruno Mars é um jovem artista muito versátil nos seus talentos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E após um show deslumbrante e muito, muito intenso, para o já tão esperado Encore, tivemos um outro grande êxito: “Uptown Funk”. Como era de esperar, um dos momentos mais UP da noite. Para acabar este show de funk, literalmente, em altas! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bruno Mars trouxe funk, fogo de artifício e extravagância a Lisboa. Desaparece, agora, por detrás de uma enorme nuvem de fumo branco. Rebuscado, como ele é.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<b>Cláudia Silva - Texto escrito para o site <a href="https://echoboomer.pt/rock-in-rio-lisboa-2018-bruno-mars-funk-fogo-de-artificio/">Echo Boomer</a>.</b></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-11823281953105997362018-06-26T14:36:00.002+01:002018-07-24T10:35:39.551+01:00Rock in Rio Lisboa 2018 | Demi Lovato – Toda a garra do mundo na sua voz<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Review do concerto para o site Echo Boomer.</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;">Autoria: Cláudia Silva</span></b><br />
<br />
<img alt="Demi Lovato" height="359" src="https://i2.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2018/06/Rock-In-Rio-2018-Demi-Lovato-Destaque.jpg?resize=1170%2C658&ssl=1" width="640" />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se há palavra que descreve, na perfeição, Demi Lovato, essa palavra é (e à falta de melhor tradução em português) <i>fierceness</i>. E é com essa <i>fierceness </i>que a artista sobre ao Palco Mundo do Rock in Rio-Lisboa, e abre o espetáculo – o primeiro de Demi em Portugal – com o tema “Confident”. “What’s wrong with being confident?” é a frase que é repetida no refrão, mostrando que estamos perante uma mulher confiante em si mesma, com uma indescritível e contagiosa atitude de poder. Muito <i>girl-power-like</i>, de uma artista que começou como atriz infantil na Disney, e se transformou na mulher que é hoje.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Segue-se o grande hit “Cool For The Summer” – com uma atitude bem atrevida acompanhada de sintetizadores bem garridos, eis mais um tema extremamente atual e <i>catchy</i>. Em “Heart Attack”, conseguimos perceber claramente (tanto ao vivo, como no tema original do álbum) a influência power pop – um subgénero de rock caracterizado pelo uso de melodias fortes que, combinadas com riffs de guitarras, formam uma estrutura rítima característica do hard rock mas com uma sonoridade extremamente pop – bem presente no trabalho da artista. Mas foi “Neon Lights” que pôs a plateia da Bela Vista (completamente lotada, por sinal) aos pulos, literalmente.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvw62PFt5C-ChdUoPnLqXIp7SzClZjkzqdATdXfb_MF-M8GyAOlYWL1TDIEJyqVLBs6CoIXFn2gDW9kojdZbvRj8kcrdTWhiaPuWNll1H5LSdRSXrSL4F3POEH1HfT_jS0UeOEzoWaLxRE/s1600/IMG_0700.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvw62PFt5C-ChdUoPnLqXIp7SzClZjkzqdATdXfb_MF-M8GyAOlYWL1TDIEJyqVLBs6CoIXFn2gDW9kojdZbvRj8kcrdTWhiaPuWNll1H5LSdRSXrSL4F3POEH1HfT_jS0UeOEzoWaLxRE/s640/IMG_0700.JPG" width="640" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Demi não é de falar muito com o público mas, após uma ou outra palavra mais tímida, brinda-nos então com dois temas muito dançáveis e apelativos – “Sexy Dirty Love” e “Daddy Issues” – intercalados com a <i>naughty </i>“Games” e a pop punk “Really Don’t Care”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em contraste com, por exemplo, uma das suas conterrâneas – Ariana Grande, com aquela sua doçura imensa – Demi apresenta um timbre de voz mais seco, salgado (por oposição ao doce). Esta característica da sua voz é clara mesmo nas suas baladas mais melancólicas, tais como “Concentrate”, “Don’t Forget”, “Sober” (esta última escrita pela própria, a propósito do seu histórico de vício em drogas, e lançada há apenas cinco dias), a tão conhecida e badalada “Stone Cold” – cuja primeira estrofe toda a gente sabia de cor, e quantas lágrimas não rolaram! – e “Scyscraper” (uma das canções mais bonitas que ela já fez). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após uma mudança de vestuário, o <i>show</i> continua, e muito bem, com um dos temas mais comerciais do momento, “Promise me no Promises” (originalmente de Cheat Codes, e na qual Demi participou). Seguem-se “Échame la culpa” e “Solo”, dois momentos dos mais festejados, mas que destoaram, por completo, de todo o concerto. O <i>reggaeton </i>característico destes dois temas em nada se encaixa no resto do repertório, o que acabou por ficar um pouco fora de contexto. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas terminou em grande, com “Tell Me You Love Me” e “Sorry Not Sorry”, com <i>back vocals</i> que encheram ainda mais duas músicas já de si tão cheias de <i>power</i>, e que fizeram as delícias para os fãs mais acérrimos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyE_Hk3VtK_74ONxORniutvK8_sflWpNB6LsYDg-CZBT_fPSw3KjqWG3gWlpL7HIZYmTRb4ZH87O3w2869cRA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda que esteja longe de ser uma das melhores vocalistas pop (quando comparada, por exemplo, a outros nomes atuais como Christina Aguilera ou Beyoncé), e ter ainda muito por onde crescer, é de destacar que Demi canta de forma irrepreensívelmente afinada, tendo conseguido superar as notas mais desafiantes, mesmo ao vivo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quase, quase o suficiente para nos fazer arrepiar. Ainda não chegou lá, mas tem muito potencial. O que não lhe falta é, certamente, a tal fierceness para ser vencedora no que faz!
<br />
<br />
<b>Texto original para <a href="https://echoboomer.pt/rock-in-rio-lisboa-2018-demi-lovato/">Echo Boomer</a>.</b></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-70774067136124006692018-06-25T11:44:00.001+01:002018-07-24T10:35:44.250+01:00Rock in Rio Lisboa 2018 | Carolina Deslandes – O Dia Mais Feliz das Nossas Vidas<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Review do concerto para o site Echo Boomer.</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;">Autoria: Cláudia Silva</span></b><br />
<br />
<img alt="Carolina Deslandes" height="359" src="https://i1.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2018/06/Rock-in-Rio-Carolina-Deslandes-Destaque.jpg?resize=1170%2C658&ssl=1" width="640" />
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Carolina Deslandes é, atualmente, um das figuras artísticas mais reconhecidas no panorama musical nacional. Tendo iniciado o seu percurso no concurso de talentos Ídolos, em 2010, já nesta altura demonstrava um talento que prometia. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Prometia e cumpriu. Em 2016, lança o seu primeiro álbum de estúdio, Blossom. Tal como o nome indica, representava a desabrochar de Carolina enquanto artista, mas também enquanto mulher. Num registo muito pop electrónico, conta com um conjunto de temas bastante atual, jovem, teen, contemporâneo, irreverente até. E foi precisamente com um tema do álbum Blossom que Carolina Deslandes abriu o seu concerto no palco Music Valley, do Rock in Rio-Lisboa, no final da tarde deste primeiro dia de festival. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Apenas com o instrumental de “What Do You Know, Boy?” – percetível certamente apenas aos mais atentos e conhecedores deste seu primeiro álbum, Carolina entra e é recebida com euforia, e o concerto prossegue dentro do mesmo registo, com os cativantes temas “Fuse” e “Carousel”, iniciando, assim, o concerto numa <i>high-note</i> e com sentimentos de positivismo e alegria. Após um breve discurso e agradecimento da artista, que mal acreditava estar a pisar um palco deste reconhecido festival, Carolina dá as boas-vindas ao seu público de uma forma muito sua: “Sejam bem-vindos ao dia mais feliz das nossas vidas!”. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda do seu primeiro álbum, tivemos o tema “Mountains”, um dos seus singles mais conhecidos, em parceria com o Agir – amigo que, afirma com emoção, ter sido a pessoa que fez com que ela voltasse a abraçar a sua carreira, num momento em que não tinha perspetivas nem esperança – e “Heaven”, balada dedicada ao seu falecido avô, em jeito de homenagem. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Até agora, Carolina apresentou ao público dois álbuns que marcam por serem contrastantes. Se o primeiro (Blossom) é claramente mais pop, dançável, eletrónico – registo com o qual abriu este concerto – já o segundo é, como o próprio título indica, um <i>regresso a Casa</i>. Se, no primeiro álbum, a artista quis sair da sua zona de conforto, arriscar, procurar incluir inspirações do panorama musical comercial atual (Rihanna, por exemplo), no álbum Casa, Carolina surge mais aquilo que ela é. A Casa é, sem dúvida, aquilo que ela é. Uma <i>singer-songwriter</i> pejada de emocionalismo, de amor, de verdade, com muitas influências de música brasileira e bossa nova, com melancolia, que fala do coração dela diretamente ao coração dos outros. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diogo Clemente – pessoa com quem, afirma Carolina, “fez música e filhos” (risos do público) – entra em palco para um emocionante dueto, com a canção simplesmente amorosa “Coisa Mais Bonita”. Ainda muito dentro deste registo, tivemos o prazer de ouvir as deliciosas canções “A Miúda Gosta” e “Não Me Deixes” (com a convidada especial Maro, também ela uma excelente vocalista). Mas foi mesmo com “A Vida Toda” que o público vibrou – Carolina confidencia que um dos sonhos dela era um dia ser uma artista que tivesse “pelo menos uma música que toda a gente soubesse cantar por ela”, e conseguiu-o muito bem, não só com “A Vida Toda”, como também com “Avião de Papel”. E Carolina agradece, a nós, ao universo, por estar ali, e por “fazermos da nossa casa, a casa dela”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Carolina mostra, ainda, ser uma artista versátil, ao presentear o público com um <i>medley de covers</i>, nomeadamente Britney Spears, Da Weasel, Ornatos Violeta e Dillaz. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É de destacar a componente extremamente humana de Carolina. Um dos motivos para ela ser tão acarinhada pelo seu público é, sem dúvida, a intimidade que ela tem com quem segue o trabalho dela, a emoção e autenticidade com que ela faz tudo e se mostra ao mundo. Foi sempre com emoção que, ao longo deste concerto, Carolina interagiu com o público com um enorme sentimento de gratidão, por saber que são aquelas pessoas que alimentam o sonho dela. Sempre com uma genuinidade deliciosa, tão própria dela, a artista partilha lágrimas ao vivo, afirmando que ainda nem consegue acreditar que está a cumprir este sonho na vida dela. E deixa o seu público feliz, feliz por ela!
</div>
<div style="text-align: right;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: right;">
<b>Texto original para o site <a href="https://echoboomer.pt/rock-in-rio-lisboa-carolina-deslandes/">Echo Boomer</a>.</b></div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-63352148964797582952018-05-28T22:06:00.000+01:002018-05-28T22:18:42.582+01:00Why sometimes less is more - A dissertation on the love of music and other things <div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Nota: o post que se segue é escrito em inglês. Ainda não me decidi se o vou reescrever na nossa língua materna, mas, para os que não se importam com pontuação, gramática, contexto e outros pormenores que tais, podem sempre pegar no link do post (<a href="https://uncertainsmilex.blogspot.pt/2018/05/why-sometimes-less-is-more-dissertation.html">https://uncertainsmilex.blogspot.pt/2018/05/why-sometimes-less-is-more-dissertation.html</a>) e ir ao Google Translate. Bem sei que se perde toda a intimidade... <i>but that's the future, no? </i>😛</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As some of you might know or have figured it out, I like to discover new music and a little more than a decade ago I found out my favourite way to do it: by reading blogs! I use to read a few blogs of people that wanted to share their music.<br />
<br />
Now, for a short story:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
In late 2013 while browsing around - can't really remember where - I found this <span style="text-align: start;">brilliant piece of synth-pop</span>:<br />
<br />
Ranger by Me and Karen</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<iframe allow="autoplay" frameborder="no" height="300" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/158644259&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true&visual=true" width="100%"></iframe><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
This song really captivated me. It was one of those songs that I immediately wanted to share with my friends and father (which I did!) and made me look for whatever other songs these guys - Me and Karen (<a href="https://soundcloud.com/meandkaren">https://soundcloud.com/meandkaren</a>) - had. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
4 songs. And that was it. Problem? They're all very good! So, predictably, I kept listening to the same 4 songs very intensively for months and - now for a bit of trivia about me and <a href="https://www.last.fm/user/Miss_Wonderful8">her</a> - by March of 2014, Cláudia and me were getting to know each other and "Ranger" was among the first songs I showed her. And expectedly enough, Cláudia, as a true lover of pop as it is, also was hooked on all of the songs by Me and Karen.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
A few months later on an EP appeared on their Soundclound but alas... nothing more ever since. Cláudia and myself kept on listening to them but, naturally, the airplay had shifted to other things and Me and Karen songs went from recursive to frequent to occasional a year after.<br />
<br />
Fast-forwarding to a few Saturdays ago: Me and Karen start playing - <i>shuffle, how I love you sometimes </i>- and we had that same reaction "Ohhh... this song!!" (and I also had a bit of a laugh trying to make Cláudia's forgotten mind about the name of the band) and I went to their Facebook and Soundcloud pages... <i>nada! </i>Nothing new to see.<br />
<br />
But then, just a few days later, someone just contacted me:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVJmfTfXMcfRvHRNiK_q7NyMYxR2NPLrskXp0nCh-vTUxiTd0BXKu3CFiD_K1U5rLaCyCtwhfEL8Bvo6fepycmLS1rVjfSzmiWzG9hwgDfS1_YbrmJGafpwvOKFGMtVevt-WHu4dWC9NM/s1600/post_me_and_karen.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="23" data-original-width="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVJmfTfXMcfRvHRNiK_q7NyMYxR2NPLrskXp0nCh-vTUxiTd0BXKu3CFiD_K1U5rLaCyCtwhfEL8Bvo6fepycmLS1rVjfSzmiWzG9hwgDfS1_YbrmJGafpwvOKFGMtVevt-WHu4dWC9NM/s1600/post_me_and_karen.png" /></a></div>
<img src="blob:https://www.blogger.com/e37c6bf2-63c1-4476-a8ed-59787fad9238" /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<i><br /></i>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i><i> Michael Bartlett - one of the minds behind Me and Karen (the other being Karen, obviously)</i></i></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Michael wanted me to know (and Cláudia, as well) he had made a new song under his new guise <i>Bruce James</i>!!</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
(<a href="https://soundcloud.com/brucejamestunes/plastic">https://soundcloud.com/brucejamestunes/plastic</a> - a very cool synthwave tune!)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
This was really nice of him and truly an unexpected coincidence given the story above! 😃 (and the reason that made me want to write this lengthy post)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eventually we chatted up a bit and I found out they also doing more work in another band, a more progressive-rock act called <i>Oh So Peligroso </i>(<a href="https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fsoundcloud.com%2Fohsopeligroso&h=ATPs9nfh8dnC0YBix0yFSVoBvR9-46LtQwLPiR64S6hmrZj19DsnRNZn-960TP5L3yktbKk1dKxgpLH7SobeJXmVYW_fS8SfBWcqBNCCB9yplIv7a13WAEft">https://soundcloud.com/ohsopeligroso</a>), and other bits and pieces regarding his work.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
It's funny how, sometimes, one doesn't realise the fact that showing someone appreciation - even if by a inconsequent (!) like on a band Facebook page - of their work is important enough so they can continue sharing with us the fruition of their creations. I can surely understand why Michael approached me in the first place: it's much more easy to share with someone who has showed appreciation before. According to Michael, me and Cláudia were some of their non-family-and-friends fans. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
One thought came to my mind: a remembrance that not every artist gets instant recognition of their work, as good and relevant as it is (and should be). Along with it came the fact/judgement: having more ways and opportunity to show yourself to the world is not a guarantee that it will happen.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As for me... I'd be very happy if someone would share the same fondness for these wonderful artists. </div>
<br />João Cunhahttp://www.blogger.com/profile/18058004208756791669noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-36180431561664240792018-05-21T14:02:00.002+01:002018-05-21T14:02:57.799+01:00Sam Smith na Altice Arena: A magia do soul-pop gospel<div style="text-align: center;">
<img height="426" src="https://i2.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2018/05/samsmith-foto-Hexafoto-Bohdana-Monastyrska.jpg?resize=1024%2C682&ssl=1" width="640" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Por muitas palavras que pudesse utilizar, nunca nenhuma seria suficiente para descrever a intensidade e majestosidade que marcou este grande concerto de Sam Smith, o primeiro em nome próprio em Lisboa, último da tour “The Thrill Of It All” e a umas meras duas horas do dia do seu 26º aniversário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez por isso o artista tenha surgido com uma energia surpreendente e avassaladora, numa envolvente cinematográfica, sentado e dobrado sobre si mesmo num alçapão que surge lentamente desde dentro do palco, com o tema “Burning”, iniciado em acapella. Um tema pejado de espiritualismo, quase como um drama envagélico, algo que, de resto, se faz sentir bem ao longo de todo o álbum The Thrill Of It All. Eis um álbum que transborda emoção, que aborda temas como a miséria do amor, a tragédia, a prostração e a autopiedade. Dramático, angustiante e muito profético, recorrendo à presença constante de elementos religiosos e back vocals que remetem para o gospel, bastante mais presentes, devo referir, ao vivo do que no próprio álbum.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/s73y0HGbiqw" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A voz de Sam é, tal como a sua presença, majestosa, rica, que nos enche a alma de dentro para fora, literalmente. Envolta em toda uma aura de charme e de romantismo, capaz de apaixonar qualquer coração mais mole, cada nota faz-nos sentir que aquele momento é uma questão de vida ou morte, especialmente as mais agudas e tão perfeitamente afinadas, que nos fazem sentir on the edge, verdadeiramente capazes de provocar arrepios.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Num tom totalmente diferente, bastante mais leve e expansivo, seguem-se dois dos seus temas mais conhecidos, “One Last Song” e a maravilhosa “Crazy”. Foi, no mínimo, mágico e comovente ver tanta gente a cantar em uníssono estes temas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Porque Sam Smith é um cantor de baladas pop por excelência, não podíamos deixar de ter o prazer de ouvir as maravilhosas canções “Lay Me Down”, “Nirvana”, “Say It First” e “Midnight Train”. Sabem aquelas músicas tristes mas felizes ao mesmo tempo, que quase (ou não apenas quase) nos fazem chorar? É isso. Até mesmo o tema “Latch”, em colaboração com Disclosure e originalmente um tema mais disco e dançável, é aqui apresentada como uma balada de lounge, despojada de batidas e linhas de baixo low key.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ainda que Sam mostre bastante a sua alma pop sombria, existe um outro lado: o pop mais funky, com bastantes influências RnB e eletrónica. Foi com essa promessa que surgiram temas como “Omen” (mais uma vez em colaboração com Disclosure), “Money On My Mind” e “Restart” – sendo estas duas últimas, na minha opinião, dois dos melhores e mais catchy temas do artista, muito inspiradas no pop dos anos 90.</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ZGzHgo7n4jM" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Voltando ao clima espiritual, surge o tema “HIM”, uma representação da homofobia religiosa, genuinamente poderosa e comovente. Como que numa oração, Sam aborda – com um franco tom vocal de desolação – o tema da homosexualidade assumida, algo que, até agora, tinha mantido fora da sua carreira artística. Em “The Thrill Of It All”, Sam inclui este tema, num gesto de transparência total e desafiando a posição da igreja quanto a este assunto, declarando “Holy Father, we need to talk / I have a secret that I can’t keep / I’m not the boy that you thought you wanted / Please don’t get angry, have faith in me (…) It is him I love / It is him” – sendo assertivo na sua palavra final e ao assumir claramente a sua posição. A meio da canção, Sam deixa uma mensagem ao seu público, afirmando: “Escrevi esta canção como uma mensagem para todos os que estão a ouvir: Amor é Amor!”. Foi um dos momentos mais imponentes de toda a noite.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por esta altura, o acumular de emoções já pesava. Desde as canções soul-pop mais baladadas, nostálgicas e muito amorosas, aos ritmos funk mais dançáveis, sempre com aqueles maravilhosos back vocals que deram a todo o concerto um poderoso sabor gospel, muitas lágrimas já tinham rolado. Mas ainda tínhamos espaço para mais um pouco.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
E Sam não desiludiu. Para dizer – literalmente – adeus, presenteou-nos com um dos seus mais conhecidos singles, o cativante “Too Good At Goodbyes”, na qual nos convidou a cantar vezes sem conta o refrão, e onde se demorou a dar o seu adeus final… até, claro, ao momento do encore.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um encore que contou com os temas “One Day At a Time”, “Stay With Me” – se ainda havia lágrimas para chorar, só faltavam mesmo estes temas – e “Pray”, para terminar esta noite em grande; um dos meus temas favoritos, absolutamente grandioso, poderoso, divinal. Diria até mesmo épico.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
E assim termina o espetáculo, voltando o artista ao ponto em que começou, no alçapão, sentado na sua cadeira solitária, com as mãos entrelaçadas, erguido sobre si mesmo como quem carrega em si a dor do mundo, desaparecendo para dentro do palco.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Sam Smith é a personificação perfeita de artista pop, reunindo fatores essenciais tais como um carisma incrível, simpatia extrema e humildade, uma voz brutal (capaz de dominar falsetes com uma facilidade impressionante) e uma presença incrível em palco. Fez-me querer continuar a ouvir, mesmo depois do concerto. E foi isso mesmo que fiz.</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/hhREiAarjVY" frameborder="0" allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
Uma palavra para resumir esta noite? É uma palavra muito, muito simples: linda.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Crítica escrita para o site <a href="https://echoboomer.pt/sam-smith-a-magia-do-soul-pop-gospel/">Echo Boomer</a>.</div>
</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-49562170506666494542018-05-08T18:30:00.000+01:002018-05-08T18:30:26.036+01:00X-Wife no Estúdio Timeout: À descoberta do novo e o rematar do saudosismo<div style="text-align: center;">
<img alt="X-Wife no Estúdio Timeout: à descoberta do novo e o rematar do saudosismo" height="359" src="https://i2.wp.com/echoboomer.pt/wp-content/uploads/2018/03/x-wife-destaque-echoboomer.jpg?resize=1170%2C658&ssl=1" width="640" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O dia cinzento e marcado pela chuva matinal deu lugar a uma noite onde nos reencontrámos com os X-Wife num Estúdio Timeout algo composto, mas sem estar a abarrotar, em que a pronúncia do Norte era regularmente ouvida entre algumas das pessoas que foram testemunhar este regresso da banda composta por João Vieira, Rui Maia e Fernando Sousa. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O mote foi o lançamento do novo álbum, homónimo, mas o sexto numa discografia iniciada já num longínquo 2003 (com o EP Rockin’ Rio) é que não foi descurada, antes pelo contrário. Numa apresentação despretenciosa, mas muito bem disposta, a banda veio relembrar-nos e reafirmar que, apesar da pausa prolongada – entre Infectious Affectional (álbum anterior) e este distam sete anos -, os X-Wife continuam a ser donos e senhores de melodias viciantes que acabam por nos conquistar o ouvido muito facilmente. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Abrindo as hostes com “Lights Out” e “Sweet Paranoia”, a mensagem não podia ser mais clara: sim, a assinatura dos X-Wife neste álbum mudou um pouco, mas a génese continua a mesma. As melodias tornaram-se mais imediatas e, nestas novas composições, é possível notar influência dos projetos paralelos que os membros dos X-Wife integraram entretanto (White Haus e Mirror People, por exemplo). De notar que este novo X-Wife marca uma sonoridade mais diversificada, onde temos a presença do saxofone, por exemplo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Na apresentação ao vivo, o coletivo não desiludiu e veio acompanhado de uma secção de sopros (trompete e saxofone), vozes secundárias e, na bateria, Gil Costa – que já acompanhou João Vieira no último álbum dos White Haus. A escolha pareceu-nos acertada; as prestações foram muito bem conseguidas e a instrumentação extra nos temas novos acabou por pôr muita gente a dançar. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">À terceira canção da noite, os X-Wife voltaram a pisar território antigo, até porque, mais do que uma apresentação de um novo álbum, há todo um historial, que, após uma pausa prolongada, merece ser relembrado. “Keep on Dancing”arrebitou um público curioso pelo novo álbum, mas muito saudosista dos êxitos mais antigos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Não obstante, pela reacção ao single “This Game” e “Boom Shaka Boom” (já com alguma rotação nas rádios), é fácil de perceber que facilmente conquistaram quem lá estava para vê-los, fosse fãs recentes ou mais antigos.
Fácil de perceber foi também o prazer que João Vieira e companhia dedicavam a cada prestação. O baterista Gil Costa esteve bastante bem, tendo tido um ou outro momento de protagonismo, como em “Coconuts”. O regresso era também motivo de festejo e foi dessa forma que os X-Wife nos foram levando ao longo da noite. À medida que iam apresentando o novo álbum, eram intercaladas canções das obras anteriores, para delícia de quem já os acompanha há mais tempo. Temas como “Ping Pong”, do 2º álbum Side Effects, ou “Fireworks”, do 3º álbum Are You Ready For The Blackout?, foram efusivamente recebidos e colmataram a saudade de ver os X-Wife ao vivo novamente. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Para o final ficou guardado um trio de energia: o single “ Movin’ Up” – lançamento singular do grupo em 2015 que faz parte da banda sonora do jogo FIFA 16 – e, já no encore, “Action Plan”, do álbum de estreia Feeding the Machine, e um clássico para muita gente da plateia, finalizando com “That’s Right” numa versão bastante pujante. And that’s right… os X-Wife voltaram. E recomendam-se.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a href="https://echoboomer.pt/x-wife-no-estudio-timeout-lisboa/">Artigo original no site Echo Boomer.</a>Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-81646759971345525602018-04-16T16:03:00.000+01:002018-04-16T16:03:26.393+01:00Adriana Calcanhotto – A Mulher do Pau Brasil<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>Do outro lado do atlântico, chegam-nos sons e ritmos quentes, pautados pela leveza de quem vive uma vida livre. Adriana Calcanhotto é um exemplo vivo isto, tendo conquistado o seu público irmão com a sua voz de timbre caloroso e suave, com as suas obras musicais que nos embalam e as letras que nos deixam um quentinho no coração, que nos fazem sorrir, numa onda “bossa nova pop” muito própria. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<img alt="Resultado de imagem para adriana calcanhotto mulher pau brasil" height="480" src="https://www.comunidadeculturaearte.com/wp-content/uploads/2017/12/adriana-calcanhotto-e1512582207657.jpg" width="640" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A sua carreira teve início nos anos 90, mas o espectáculo que deu em Lisboa, mais precisamente no Centro Cultural de Belém, no passado dia 10 de Abril, foi uma estreia. “A Mulher do Pau Brasil”, designação dada a este espectáculo inédito, nasce do seu trabalho enquanto Embaixadora da Universidade de Coimbra e de toda uma carreira que reflecte e se debruça sobre literatura e história. Porque para além de artista, Adriana é claramente uma mulher de palavras, compreendendo e utilizando o seu poder transformativo e aliando-o à música. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A expectativa e curiosidade eram, assim, de elevado nível. Todo um público sedento por um espectáculo que prometia formou uma fila gigantesca que não só encheu, como quase transbordou, o Grande Auditório.
Envolta num ambiente misterioso e provocativo, a artista surge balanceando-se numa cama de rede enorme suspensa sob o palco, acompanhada por Gabriel Muzak, na guitarra e Ricardo Dias Gomes no piano e baixo. <b><i>Mulher do Pau Brasil </i></b>foi, justamente, o tema de abertura, homónimo do espectáculo – esta audiência teve o privilégio de escutá-lo em primeira mão –, inspirado nos movimentos modernista e antropófago brasileiros dos anos 20, cujo o título é inspirado na obra Pau Brasil, de autoria do poeta Oswald de Andrade, editado em 1925. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Em entrevista, Adriana afirmou que o seu principal foco, para este espectáculo, seriam a<b> dor, o luto e a luta</b>. E é isso mesmo que transmitem estes dois primeiros temas, tanto <b><i>A Mulher do Pau Brasil</i></b> quanto a se seguiria, <i><b>A Dor Tem Algo de Vazio</b></i> - poema de Emily Dickinson, com título homónimo. É verdadeiramente incrível o quão bem consegue a artista transpor três temas tão complexos da vida em notas musicais. A forma intensa e quase desesperada com que canta a frase “de dor”, no refrão, não deixa nada por dizer. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas nem só de temas novos se formou este espectáculo. Adriana prestou homenagens a alguns outros cantores conhecidos, tais como Maria Bethânia – com o tema <i><b>Mortal Loucura</b></i> –, Vinicius de Moraes – com o tema <b><i>Nature Boy </i></b>– e Chico Buarque – com o tema <b><i>Caravanas</i></b>. De entre as melodias mais conhecidas, tivemos o prazer de voltar a ouvir clássicos como <i><b>Esquadros, Onde Andarás, Não Demora, Inverno, Devolva-me</b></i> e as tão conhecidas <i><b>Vambora </b></i>e <i><b>Fico Assim</b></i>. Nomes grandiosos, músicos de excelência e temas clássicos que enriqueceram muito a experiência e, decerto, provocaram muita nostalgia. </span><br />
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/leL7KSkm97M" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Chega com calma o tema <i><b>Noite de São João</b></i> – poema do heterónimo Alberto Caeiro proclamado por Adriana Calcanhotto, o que só tornou a noite ainda mais mágica e poética. Está aberto o caminho para mais um novo tema, <i><b>O Que Me Cabe</b></i>. Acompanhada de uma guitarra pautada ao ritmo bossa nova, e com um timbre de voz aveludado, Adriana embala-nos ao som de uma letra sofrida, na qual, novamente o tema da dor está muito presente, como se deixa entender, de resto, pela letra <i>“Você não sabe, o que me cabe. No silêncio, dor. No escuro, dor. No espelho, dor.” </i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
De igual modo, nem só de música se fez este concerto, na medida em que houve longos e saborosos momentos de diálogo entre a artista e a plateia, criando um ambiente empático e envolvente. Foram diversos os momentos ao longo do espectáculo que Adriana partilhou histórias e inspirações, provocando emoções fortes entre o público, e arrancando algumas gargalhadas. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Terminou esta noite sublime, com um encore muito especial. <b><i>Tigresa </i></b>(original de Caetano Veloso) e <b><i>Fico Assim </i></b>foram os dois temas escolhidos pela artista para se despedir. De notar um percalço que decorreu em plena canção<i> Fico Assim</i>: um simples erro por parte de um dos músicos despertou toda uma onda de riso na plateia. Adriana soube lidar com este momento com muita naturalidade e leveza, novamente interagindo com o público com humor, acabando assim por ser um momento que fez toda a diferença! Adriana prometia e, definitivamente, não desiludiu.
</span><br />
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Hsmp8yR-AK8" width="560"></iframe>
</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-36177846581075719572018-03-28T09:00:00.000+01:002018-03-28T09:00:37.602+01:00RODRIGO LEÃO & SCOTT MATTHEW NO CCB: QUANDO A MÚSICA TRADUZ O PARADOXO DA VIDA<div style="text-align: center;">
<b>A convite do <a href="https://echoboomer.pt/">Echo Boomer</a>, tive o prazer de assistir ao mais recente concerto de Rodrigo Leão com Scott Matthew, numa última apresentação do trabalho em colaboração entre os dois artistas, "Life Is Long".</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Fica aqui a crítica, da minha autoria, a este fabuloso concerto!</b><br />
<b><br /></b>
<img alt="Resultado de imagem para rodrigo leao & scott matthew" src="https://i0.wp.com/tracker-magazine.com/wp-content/uploads/2016/10/Rodrigo-Le%C3%A3o-e-Scott-Matthew.jpg?fit=750%2C400" /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"> Foi na passada quinta-feira, dia 22 de março, que o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém se encheu de pessoas sedentas por um concerto que prometia aquecer a noite que se fazia sentir bem fria. Tratou-se do último concerto da digressão <b>“Life is Long”, álbum de Rodrigo Leão em colaboração com Scott Matthew, que durou um ano e meio e que contou com quase 40 concertos</b> – pelas palavras do próprio músico, num agradecimento tímido mas repleto de gratidão e satisfação. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Foi, por isso, um momento especial, magnífico e, diria até, épico, pelo <b>tom cinematográfico que já é apanágio do artista, muito bem acompanhado pela voz do timbre envolvente, dramático, aveludado e sólido de Scott Matthew.</b> Este último acabou por ser o cantor convidado para a gravação deste álbum, depois do seu brilhante desempenho enquanto vocalista na faixa “Terrible Dawn”, que faz parte do álbum A Montanha Mágica, editado por Rodrigo Leão em 2011. Desde aí que a conversa entre os dois músicos nunca mais cessou. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>Rodrigo Leão é um Músico com M grande e uma dos compositores mais marcantes no panorama musical nacional.</b> Multifacetado em termos de estilos musicais, que vão desde diversas bandas sonoras (destacar, em especial, o brilhante trabalho para a série portuguesa O Equador, em 2008, e um outro, não menos fantástico, trabalho na banda sonora do filme The Butler, em 2013), à música clássica contemporânea e, até mesmo, a algumas influências latinas e de pop alternativo, nunca abandona o dramatismo melódico, a teatralidade e a reflexão sobre temas que nos tocam a todos numa transposição da vida (e neste, caso, da morte) em notas musicais – tarefa que faz de forma exímia. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>É precisamente sobre um tema que nos toca a todos que se debruça o álbum Life Is Long: a Vida e a Morte. Assim, a efemeridade, a fugacidade do tempo e a natureza breve da vida, que deve ser vivida com serenidade, é neste álbum transposta para a música com uma crueza tal que chega a tocar no estoicismo</b> (uma corrente filosófica que considera ser possível encontrar a felicidade desde que se viva em conformidade com as leis do destino, o que inclui a aceitação de que existe um destino comum e inevitável e que esse destino é a morte). </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">O concerto abre com <b>“Enemies”</b>, faixa que prima pelo pop rock melódico, e que prendeu a atenção da plateia de forma arrebatadora. Arriscaria dizer que o conjunto garrido e exuberante desta faixa nos transporta até outra grande banda portuguesa, Ornatos Violeta. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">É tocada e cantada com paixão e com, lá está, muita garra. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Depois de uma entrada tão enérgica, surge <b>“Child”</b>, uma canção simples mas absolutamente deliciosa, sempre com aquele toque nostálgico que é transversal às obras de Rodrigo Leão e, diria mesmo, simplesmente triste.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Segue-se <b>“The Fallen”</b>, uma das músicas em que eu, pessoalmente, considero que Scott tem uma das melhores prestações vocais. O seu timbre aveludado encheu o auditório e entrou, decerto, com muita suavidade nos ouvidos da audiência. As notas de violino, pela Viviena Tupikova, complementaram “The Fallen” com uma sensação de beleza eminente.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b>“Nothing Wrong”</b> surge com uma imensa melancolia, mais uma vez, quase a tocar no desesperança e resignação, emoções que Scott tão bem traduz na sua forma de cantar, com um tom ligeiramente desesperante no final de cada estrofe (difícil transpor em palavras, pelo que se aconselha a audição da faixa do álbum), e de forma mais intensa na frase “They’re Over” no refrão. Aqui, especialmente o prolongamento de “Over”, a entrega total com que o canta faz-nos sentir o peso da angústia de ter perdido algo. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Voltando aos temas do fatalismo, estoicismo e da resignação, aceitação da brevidade e efemeridade da vida, num tom muito “It is what it is” e “C’est la vie”, a faixa “That’s Life” surge como um expoente máximo desta perspetiva – como é, de resto, autoexplicativa parte da letra: <b>“Now it’s over / That’s life / É a vida / C’est la vie / I’m getting any younger / But we try / That’s Life”</b>. O tom melancólico e esta carta aberta, no fundo, à vida em si, faz com que esta seja uma das faixas mais bonitas do álbum e um dos melhores momentos deste concerto.</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/fw1DHiUKgFM" width="560"></iframe> </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Após uma primeira parte bastante intensa, Rodrigo Leão brindou-nos com umas breves mas emocionantes palavras de agradecimento, momento que fechou com o tema instrumental “Empty Room”. Uma faixa inteiramente instrumental, com aquele tom cinematográfico que lhe é tão característico, e que nos proporcionou um verdadeiro oásis de calma e beleza no meio de um concerto repleto de emoções fortes. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Para uma segunda parte, Scott Matthew saiu de cena, por momentos, para dar lugar à atuação da assemble dos 5 músicos: João Eleutério na guitarra e no baixo, Carlos Tony Gomes no violoncelo, Viviena Tupikova no violino e sintetizador, Francisco Gracias na bateria e Marco Alves no trombone e metalofone – e, claro, nunca esquecendo o músico principal, o brilhante Rodrigo Leão. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Seguiram-se duas faixas puramente instrumentais, recheadas de teatralidade e energia. De destacar aqui a <b>harmonia perfeita entre os músicos, que constantemente comunicavam entre si, com olhares, gestos, sorrisos e provocações, numa verdadeira dança de notas músicais atrevidas.</b> </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Volta Scott ao palco, para nos brindar com uma das faixas que é das mais tristes, mas, também, das mais bonitas do álbum. Trata-se de <b>“In The End”.</b> Mais uma vez aqui muito presente o tema da efemeridade da vida, do Fim, de tudo e todos termos irremediavelmente esse Fim. A tristeza com que canta <b>“As your last breath begins / Contently take it in / Cause we all get it in / The end”</b> faz-nos mesmo relativizar tudo na vida quando nos deparamos com a morte. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E é com um tom de mistério e enigma que começa a faixa <b>“Unnatural Disaster”</b> – um conjunto de estrofes bastante obscuras que desaguam num refrão refrescante e, até, esperançoso. De destacar aqui a brilhante prestação do trombone, por Marco Alves, que sem dúvida alguma encheu e enriqueceu muito esta faixa. Encheu-nos, também a nós, o coração.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Scott Matthew revela-se uma pessoa meio tímida, mas brincalhona, quando afirma perante o público que, agora, vai tocar uma das suas mais recentes composições. Foi, aliás, um privilégio para nós, ouvir em primeira mão esta faixa, visto que foi a primeira vez que estaria a tocar e cantar esta faixa em público. Uma melodia simples, em acústico, e com alguns enganos, notas erradas e falhas pelo meio – com as quais o cantor soube lidar com humor, provocando também risos por parte da plateia. Ainda a solo no palco, tivemos o prazer de cantar com Scott, uma cover da tão conhecida canção “I Wanna Dance With Somebody” de Whitney Houston. Foi um momento de envolvência genuína, com as centenas de pessoas que encheram o Grande Auditório do CCB a cantar em uníssono. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">De forma sorrateira entra mais uma faixa instrumental, na qual mais uma vez o trombone e o violino se destacam com as suas notas, numa dança atrevida entre os dois instrumentos. E chega a vez de <b>“Terrible Dawn”</b> – a primeiríssima canção gravada em colaboração entre Rodrigo Leão e Scott Matthew, em 2011. Foi com esta faixa que nasceu todo o trabalho de colaboração entre os dois artistas, foi um mote – no fundo, a música que estabeleceu o tom para o que estava para vir. Eis uma canção envolvente, com uma influência de Blues bastante marcada e com uma bateria e uma guitarra que se deixam arrastar ao longo de uma constante melodia em sintetizador. E se no álbum esta faixa está espetacular, no concerto não se ficou nada atrás.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/i0d4jveNkrg" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E para contrariar essa ideia de efemeridade da vida que acaba por ser um tema geral do álbum, como que num paradoxo (e, afinal, não é a vida isso mesmo?), surge o single,<b> “Life is Long”</b>. O violino chora com Scott, que canta “Life, life is long / whoever thought that could be wrong / life is long Life” numa harmonia delicada e deliciosa.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<iframe allow="autoplay; encrypted-media" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/-PvI0I61DbE" width="560"></iframe> </div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E aqui termina este Fabuloso concerto (sim, com F grande). Errr… termina? </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Será que termina mesmo por aqui? </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Como é óbvio, não. <b>Os músicos voltam para um encore</b>, primeiro com uma faixa instrumental encantadora, esplêndida, com uma imponência e perfeição tal, que garanto-vos, muita gente (incluindo eu) ficou com lágrimas nos olhos. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Seguiu-se a faixa <b>“Abandoned”</b>, que não integra o álbum Life is Long, sendo a mais recente colaboração entre os dois artistas, lançada em 2017. </span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">E quando já todos pensávamos que o concerto tinha mesmo terminado, eis que temos direito a mais um encore especial. Sendo o último concerto desta digressão, os músicos quiseram deixar a sua audiência de barriga cheia, presenteando-nos e fechando assim o concerto, repetindo o single “That’s Life”. <b>Uma despedida mágica que nos deixou com um gostinho de uma melancolia feliz para terminar a noite. </b></span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><b> Este concerto envolveu-nos e despiu-nos a alma. Ali, naquele momento, éramos só nós. Nós e a música, nós e a vida, nós e a morte. “Because That’s Life“.</b></span></div>
</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-32479920126087793632017-10-03T16:06:00.001+01:002017-10-03T16:06:21.756+01:00E lá vai mais um...Morreu o Tom Petty.<br />
<br />
Pode não dizer muito a muita gente, mas, felizmente, desde a idade de puto em pré-adolescência que tomei conhecimento deste artista - mais uma vez pelas mãos do meu pai, claro está.<br />
<br />
Não explorei a discografia dele a fundo (nem com os Heartbreakers nem a solo). Em 1991 apareceu lá por casa o "Into the Great Wide Open" (em CD... pois nesta altura ninguém era crítico do som do digital; e eu era muito puto!), cuja capa, por alguma razão que não consigo explicar, me dava algum conforto. As músicas eram todas "radio friendly" - todas! - e ganhei mais uma cassete para tocar no meu walkman do dia-a-dia. Confesso que nem sempre me agradavam as escolhas que o meu pai fazia nas coisas que me gravava em cassete... Mas o álbum "Into The Great Wide Open" não era um desses casos. (E quanto aos outros casos... o tempo fez com que fossem crescendo aos meus ouvidos)<br />
<br />
Naquela altura não sabia - nem perguntava - quem era o Tom Petty, nem qual a sua relevância na música. Mais tarde, em 1998, a propósito da compra dum gira-discos conheci um outro álbum "The Travelling Wilburys", homónimo, dum "super-grupo" composto por: Tom Petty, George Harrison, Bob Dylan, Roy Orbison e Jeff Lynne. Lembro-me do meu pai me esclarecer isto mesmo, quem eram os membros. Lembro-me de não ter gostado nada do álbum na altura... Aos 16 anos achava que a música se cingia apenas aos Cocteau Twins, Cure, The The, e outros que tais da onda mais escura dos 80's. Também é sabido que os 16 fazem parte duma fase muito parva... e o "The Travelling Wilburys" tem canções do catano!<br />
<br />
Hoje é fácil dar valor a este compositor. Longe de um gigante... mas muito relevante!<br />
<br />
Fica uma do "Into The Great Wide Open" fácil, de melodia simples, de cativar os putos pequenos :)<br />
<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/MrlGoqioSpo" width="560"></iframe>João Cunhahttp://www.blogger.com/profile/18058004208756791669noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-79158233725479428322017-08-29T12:01:00.001+01:002017-08-29T12:01:41.074+01:00RAC | Ego<div style="text-align: justify;">
Um belo dia chega o meu moço a casa e, como quem não quer a coisa, mete uma música deste álbum a tocar - <a href="https://www.youtube.com/watch?v=ld_pfaI-H5o">Ego, de RAC</a>. Sem fazer ideia do que era, primeiramente estranhei mas depois aquela música entrou que nem uma maravilha. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Música para os meus ouvidos - literalmente!</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois passou muito rápido pelo álbum, ressalvando desde logo que não gostava mas que eu ia adorar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E como ele tinha razão! Como ele me conhece! Imediatamente coloquei este álbum em "lista de escuta" (sim, eu tenho essa lista mental, LOL 😜), e bastou uma audição para gostar imenso, uma segunda para adorar, uma terceira para me convencer por completo e começar a ouvir em <i>repeat, </i>familiarizando-me com todas as nuances de todas as músicas. 😍</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No outro dia, lá estava eu a ouvir novamente o álbum, a caminho de algum sítio, de autocarro. Ia anotando os nomes das músicas que gostava mais, para escrever este <i>post</i>, até que me apercebi que mais valia era ter escrito as que não me diziam grande coisa. Pois é, não há uma música neste álbum que eu propriamente não goste, só 2 ou 3 não me dizem muito, mas as outras....Amo! 💟</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Normalmente, eu primeiro oiço a música, para mim<b> a música em si é tudo e muito raramente ligo ou vou pesquisar sobre o artista em si. </b>Desta vez fui e qual não foi o meu espanto quando descobri que ele - o <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/RAC_(m%C3%BAsico)">RAC, nome real André Allen Anjos</a> - é <b>português</b>! Vi que ele já fez algumas outras coisas, não conhecia e ainda não conheço nada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: center;"><b><span style="font-size: large;">Fiquei vidrada neste álbum, POP, pop puro, como eu adoro música pop!!! :)</span></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Vou deixar então aqui as músicas com mais destaque para mim (quase todas, aviso já! 😜 )</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">FEVER</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/cs-gnr3vT7o" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Aquele início... Lindo e nem faz adivinhar nada do que por aí vem. E depois, explode, explode num tom pop, leve, uma música ideal para começar um álbum assim. Com um tom extremamente positivo, natural e espontâneo. À medida que a música desenvolve, aqueles sintetizadores lá no fundo, quase que passam despercebidos aos mais distraídos, mas eu tenho um ouvido implacável para aquilo que eu chamo de <b><i>sintetizadores felizes </i>😂</b><br />
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">NOBODY</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/pXNKrCFRwMU" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Tenho as minhas reservas quanto a esta faixa, a voz dela não me convence muito. Mas gosto imenso do desenrolar da música, quanto mais perto do final, melhor fica. Adoro aqueles "violinos" (ou sintetizadores a imitar), piano no fim, e adoro a transição natural para a música seguinte, que para mim é das melhores do álbum.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">UNUSUAL</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/0yAgUSfWuls" width="560"></iframe></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
Adoro tudo nesta música. A batida extremamente pop, a voz dela,<b> os efeitos da voz dela a desvanecer-se e em duas vozes, no refrão</b>. <b><span style="font-size: large;">Love it, love it, love it! </span></b>E mais uma vez, uma transição para a música seguinte. (adoro álbuns assim, com transições entre as músicas, como se fosse tudo um continuum)<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">THIS SONG</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/LcA0RmXnWhU" width="560"></iframe>
<br />
Amo todo o <i>feeling disco </i>que esta música tem, com o efeito de beat "distante", como se o som estivesse lá bem longe, alternado com uma súbita subida de volume e "clareza" do som.<b> <span style="font-size: large;">Adoro este mix, adoro a melodia e o desenrolar de toda a música. </span>"Entra" que nem manteiga :P</b><br />
<b><br /></b>
<b><br /></b>
<br />
<b><span style="font-size: large;">NO ONE HAS TO KNOW</span></b><br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/t_Szj04Wl9A" width="560"></iframe>
</div>
<br />
Para mim, das melhores músicas. Opa, são todas das melhores! Não consigo decidir! xD<br />
Mais uma vez um início discreto mas giro, um tom de disco, e um refrão que é <b><span style="font-size: large;">uma explosão de êxtase completa... a voz dele, os sintetizadores todos à mistura</span></b> ❤️❤️❤️<br />
<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">THE BEAUTIFUL GAME</span></b><br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/q_-Rr2Q9QlY" width="560"></iframe>
</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
Esta foi a música que ele inicialmente me mostrou. A tal que entrou (quase) de imediato. Digam lá que não é uma <b><span style="font-size: large;">explosão de absoluta boa disposição, "bola para a frente", felicidade, energia...</span></b>?! :D
</div>
<div style="text-align: center;">
E depois da explosão, termina em calmaria... e beleza :) e mais uma transição, perfeita, para a música seguinte.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">JOHNY CASH</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/U3DolJR20VA" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
Uma música leve onde se destaca o refrão, que adoro :)<br />
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">IT'S A SHAME</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/thNTcDRGeVc" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
Começa logo com aqueles sintetizadores iniciais. Adoro esse tipo de sons, como já devem ter percebido :P Depois desenrola-se numa música extremamente pop. Confesso que não gosto da voz dela inicialmente, mas depois no refrão muda e fica mil vezes melhor :D Mais uma música leve, para ouvir em dias bons e solarengos! :P<br />
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">BE</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/tC40DbxCUB8" width="560"></iframe>
</div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
A primeira vez que ouvi esta música, pensei logo "<i>Lykke Li, is that you?!</i>". Não é, mas podia ser. Adoro este timbre de voz feminina, fiquei apaixonada à primeira audição. <b><span style="font-size: large;">E</span></b><span style="font-size: large;"><b> não só a voz dela, mas toda a estrutura da canção, a mistura de sons, aquele tom constante positivo e "do bem".</b></span> Para mim, uma canção Pop perfeita do início ao fim. Lá está... again, das melhores do álbum :P<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">HEARTBREAK SUMMER</span></b><br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/s65h3jt6lrs" width="560"></iframe> <b><br /></b></div>
Ainda com os resquícios da música anterior (<i>yet another perfect transition</i>), surge um início tímido e uma voz feminina com aquele tom rouco que tanto gosto de ouvir. E depois.... magia. <b><span style="font-size: large;">Esta música é MAGIA! </span></b>Especialmente a<b>quele final completamente expansivo e que me dá vontade de subir às estrelas. </b>Único defeito: essa parte deveria prolongar-se um pouco mais.<br />
<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;">END</span></b><br />
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/i2y8LuFKbdM" width="560"></iframe>
Como o próprio nome indica, esta é a música final do álbum, e para mim traduz-se literalmente nisto: <span style="font-size: large;"><b><i>coming down from a high. </i></b></span><b>Todo o álbum foi tão enérgico, extásico, positivo, feliz, tudo e mais alguma coisa..... E agora, é tempo de acalmar. É tempo de serenidade. Tempo de levitar.</b><br />
Os sons, calmos por si, e aquela voz lá bem no fundo a repetir "I am Happy, I am Happy, I am Happy" no início da faixa... Perfeito, perfeito, perfeito.<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;">Este álbum é uma viagem. </span></b>É um continuum do início ao fim. Todas as músicas são diferentes (embora com a mesma linha condutora), com transições brutais entre si, como se nunca terminasse uma e iniciasse outra, mas sim como se a primeira música se ligasse à última de uma forma natural, passando no entanto por muitas fases diferentes - todas elas, porém, marcadas por um extremo positivismo. É um álbum maioritaramente feito de colaborações (reparem nos "Ft." em quase todas as músicas), portanto com vozes e elementos diferentes, mas todas na mesma onda. <b>Os sintetizadores, a mistura de elementos, a alegria que este álbum transmite, terminando neste "End", nesta pacificidade calma mas feliz como quem terminou de fazer uma viagem inesquecível.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">BRUTAL, dou 10 em 10 e recomendo muito este álbum para quem, como eu, é apaixonado/a por música Pop. </span></b><span style="font-size: large;"><b>💜💜💜</b></span></div>
</div>
</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-55117058796798230772017-08-07T21:00:00.000+01:002017-08-07T22:25:15.084+01:00LANA REL REY | LUST FOR LIFE - review<div style="text-align: justify;">
Sou fã acérrima da Lana Del Rey, desde que ouvi a "Video Games", <i>back in 2011</i>, estava eu a viver um dos melhores anos da minha vida (Erasmus em Amesterdão, Holanda), quando fiquei <b>vidrada </b>naquela canção, naquele vídeo, nela..... para além de ter ouvido essa canção 15774568 vezes, desde aí nunca mais deixei de a acompanhar!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9uVRM9IHve891omSjRSaKRaCUEW77sh0UXktGjiNCHVPjhrQfA4DdfIr0ymKoikeesvSBblTjDZxX7_tYkAPn1NXUSkFSzUFblI37yVT-E7gFX6YV3eFFoaeoLVBJW0Yyk3ccEUR0AkIq/s1600/1148528.jpg" imageanchor="1"><img border="0" data-original-height="715" data-original-width="1024" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9uVRM9IHve891omSjRSaKRaCUEW77sh0UXktGjiNCHVPjhrQfA4DdfIr0ymKoikeesvSBblTjDZxX7_tYkAPn1NXUSkFSzUFblI37yVT-E7gFX6YV3eFFoaeoLVBJW0Yyk3ccEUR0AkIq/s320/1148528.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Descobri depois os trabalhos dela antes de se tornar famosa, quando ainda era a Lizzy Grant, e <b>sempre amei tudo nela: o estilo, a voz, e as letras complexas e elaboradas</b> que, apesar de acabarem por bater sempre nos mesmos temas, continuam fantásticas, na minha opinião.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Estamos em 2017 e Lana Del Rey surge agora com o seu 5º álbum em estúdio - Lust For Life </b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A expectativa era muita e muito alta, não tanto com o single que ela lançou com The Weeknd, "Lust For Life", que dá o nome ao álbum (sinceramente, não me convenceu e estava à espera de mais com essa colaboração), mas quando ouvi o "Summer Bummer" pensei logo...... ui, o que está por vir aí!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmxEBRfsTwF06eomJeudDIOkXhMdEVCZHSLke3IfY08O_5aHSBzR3cdbQ6O4x1B3T0hpCGgm2Nf45O-mqszUZiL_ClRbwsxzg4NiRz1_XmLShYg2eEC2b0eQslH9ZE0hjYsH0k57ORmlNH/s1600/f991b1a6b8809ed3cbea444e3e6f49a3.1000x1000x1.jpg" imageanchor="1"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmxEBRfsTwF06eomJeudDIOkXhMdEVCZHSLke3IfY08O_5aHSBzR3cdbQ6O4x1B3T0hpCGgm2Nf45O-mqszUZiL_ClRbwsxzg4NiRz1_XmLShYg2eEC2b0eQslH9ZE0hjYsH0k57ORmlNH/s320/f991b1a6b8809ed3cbea444e3e6f49a3.1000x1000x1.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Neste post vou apenas elaborar sobre as músicas que gosto (mais). </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"> De uma forma geral, gosto imenso de todo o álbum na sua íntegra. Acho que ela conseguiu manter-se fiel a si mesma, com a sua linha condutora e os elementos musicais que lhe são característicos.</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas também acho que o álbum está demasiado longo (16 músicas), alguns "<i>album fillers</i>" (músicas um pouco repetidas e que eram escusadas estar lá, sinceramente, e como o próprio nome indica, só servem para "encher").
<b>ADORO a vertente badass, gangster, hip-hop, R&B, um bocado "bad girl" que ela colocou, identifico em muitas músicas influências de <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Clams_Casino_(musician)"><span style="color: orange;">Clams Casino</span></a> </b>(que também adoro, aquelas batidas!). Nota-se também o<b> contexto político (EUA) em que nasceu este álbum</b> e influências bastante nacionalistas, as quais eu confesso que não me identifico tanto. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Vamos lá então! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>LOVE
</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="background-color: transparent;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/3-NTv0CdFCk" width="560"></iframe>
</span><br />
<span style="background-color: transparent;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
Lana Del Rey being Lana del Rey </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aquela batida "engrandecedora" e até imponente, a melodia, a voz dela e aquela forma dela cantar "It's enough just to make you feel crazy, crazy, crazy, sometimes" é simplesmente tão ela que é impossível não adorar. Excelente forma de começar o álbum, um ótimo prenúncio. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Denoto também o positivismo dela nesta música:
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>"You're part of the past, but now you're the future" </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Doesn't matter 'cause it's enough</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>To be young and in love "</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>--</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"> <b><a href="https://open.spotify.com/track/0mt02gJ425Xjm7c3jYkOBn">Lust For Life</a></b> </span>(colaboração com The Weeknd): sinceramente esperava melhor. Podem ouvir <a href="https://www.youtube.com/watch?v=eP4eqhWc7sI"><span style="color: orange;">aqui</span></a>.
</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
--</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: orange;"><b><a href="https://open.spotify.com/track/1Ym6aMuT5bliaZMC67AmPp">Cherry</a></b>:</span> o mesmo; está gira mas é mais um <i>album filler</i> ao pé de tantas outras coisas que são maravilhosas no álbum. Ainda não existe vídeo oficial no Youtube mas está no <span style="color: orange;"><a href="https://open.spotify.com/album/1nP1BEciW2qIlkg4bz97nD">Spotify aqui</a> </span><br />
<br />
--<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><b> WHITE MUSTANG</b></span><br />
<a href="https://open.spotify.com/track/6eygbzyL6hY8jFQTARDuo9"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6SXFVYZNqmTbZagbvBhpi_Z5icqRrvoy0YgH-PwrONPuXtk1DT8m8IfBrO2Pkz8Tigmz2GwHUTNbfYo1E_XAjeTZxpIFbU7M4NQUibGlYx1voyxehLInq3RrDmPqn88FZ_o7aIyEeQqxu/s320/cec8f481fb75619f6efbdfc11de826bf.jpg" width="256" /></a></div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
Infelizmente ainda não existe vídeo no Youtube. Ouvir no Spotify <span style="color: orange;"><a href="https://open.spotify.com/search/results/white%20mustang%20lana%20del%20rey"><span style="color: orange;">AQUI</span></a>.
</span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
Confesso que esta música não "entrou" logo de início, porque achei a introdução <i>boring </i>:P
MAS ao final da primeira estrofe/início do refrão, quando entra aquela batida, com o tempo foi entrando e hoje posso dizer que <b>gosto imenso desta música</b>. Adoro o início subtil, a<span style="font-size: large;"><b> forma completamente libertadora </b></span>(algo que também a caracteriza e que eu amo) como ela canta o refrão, o <span style="font-size: large;"><b>contraste entre a leveza da voz dela e a presença do baixo</b></span>. </div>
<br />
Adoro como ela cresce, mesmo sendo uma música curtinha. Direta ao ponto.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
--</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"> SUMMER BUMMER</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/AcVQJJoD45w" width="560"></iframe>
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="text-align: center;">Pára tudo!!! Esta é a minha FAVORITA de todo o álbum. Aliás, eu sinceramente, gostaria que mais músicas fossem mais como esta, neste estilo :P Que alguns dos tais </span><i style="text-align: center;">album fillers</i><span style="text-align: center;"> de que falei, fossem mais assim. </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="text-align: center;"><br /></span></div>
<span style="text-align: center;"> Que dizer? </span><b style="text-align: center;"><span style="font-size: large;">Do primeiro ao último segundo, esta música conquistou-me com apenas uma audição </span></b><span style="text-align: center;">(e isso é raro). </span><br />
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;">Entrou imediatamente e tem estado em </span><i style="text-align: center;">repeat </i><span style="text-align: center;">nas últimas semanas. </span><br />
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;">Quer dizer, isto começa como "quem não quer a coisa", com aquela introdução típica LDR (que eu amei, pelo piano e pela forma como ela desvanece as palavras no fim de cada frase). Chega o segundo 42 e entra aquela batida (sim, eu sei que digo a palavra "batida" muitas vezes, sou uma leiga a analisar música com termos técnicos, vocês percebem :P ). Mata-me logo ali! </span><br />
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"><b>E AQUELE REFRÃO... </b></span><br />
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: center;"><i>Hip-Hop in the Summer</i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: center;"><i>Don't be a Bummer babe </i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: center;"><i>Be my undercover lover babe </i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: center;"><i>Hm </i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: center;"><i><br /></i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: center;"><i>High Tops in the Summer </i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: center;"><i>Don't be a Bummer babe </i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: center;"><i>Be my undercover love babe</i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="text-align: center;"><i>Hm </i></span></div>
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;">(aquele "hm"........ ai o meu coração!!! </span><i style="text-align: center;">my heart skips a beat</i><span style="text-align: center;">) </span><br />
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;">Aquela </span><i style="text-align: center;">bridge </i><span style="text-align: center;">em rap, encaixa tão bem na perfeição (e eu não sou assim grande apreciadora de rap, só se for muito bem feito) com tudo. Dá, lá está, aquele ar </span><b style="text-align: center;"><i>gangaster </i></b><span style="text-align: center;">e </span><b style="text-align: center;"><i>badass </i></b><span style="text-align: center;">que ela banhou neste álbum e que lhe fica tão bem.
Os constantes "</span><i style="text-align: center;">why?", "what?", "yeap</i><span style="text-align: center;">", lá no fundo. Dá uma pausa inacreditável. Uma sensação de poder! </span><br />
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;">Aquela </span><i style="text-align: center;">bridge </i><span style="text-align: center;">dela, mais uma vez, a tocar nos temas tão certos para ela, com um </span><b style="text-align: center;">ar tão sôfrego</b><span style="text-align: center;">:</span><br />
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;"><b><i>White lies and black beaches </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><b><i>Miles in between us </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><b><i>Is this love or lust or some game on repeat? </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><b><i>It's like makin' me crazy </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><b><i>Tell me, "have patience" </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><b><i>Baby, I need this </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><b><i>White lines and black beaches </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><b><i>White lies and black beaches </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><b><i>And blood red sangrias </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><b><i>We traveled for weeks, just to escape your demons </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><b><i>But you've got your reasons
In makin' me crazy </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><b><i>But you've got your reasons </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><b><i>White lies and black beaches </i></b></span><br />
<span style="text-align: center;"><br /></span>
<span style="text-align: center;">A repetição e troca de frases que rimam, num estilo tão próprio.
E a forma dela cantar ainda confere mais magia à própria letra.
Adoro a forma completamente "estou-me a c*gar para tudo" com que ela canta, quando ela diz "don't be a bummer" ("não sejas uma seca", do género, junta-te a este meu lado mais negro mas ao mesmo tempo completamente a lixar-se para tudo, com aquele olhar gélido dela), juntamente com um ar (quase) sofrido com que ela acaba as frases, </span><b style="text-align: center;">quase que a perder a respiração e a vontade de viver mas de uma forma sexy até mais não.</b><br />
<b style="text-align: center;"><br /></b>
<b style="text-align: center;"><br /></b>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Enfim...... SUMMER BUMMER é O SINGLE deste álbum. Perfeita do início ao fim. </b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Está em <i>repeat </i>desde que saiu (faz semanas) e parece-me que assim vai continuar. Em casa, na rua, nos transportes, no carro......... Ouvir até me fartar!
De preferência, com o volume no máximo e os níveis de baixo bem altos para se sentir aquele poder no corpo, <span style="font-size: large;">quase como se o nosso coração e a música se sincronizassem</span>. É assim que eu gosto de ouvir música.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
--</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"> GROUPIE LOVE</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/tBwoRviPvVw" width="560"></iframe> </div>
<br />
É a minha segunda favorita, e vem logo a seguir (literalmente) ao Summer Bummer.<br />
<br />
AMO a leveza com que começa a música, a forma como cresce e....<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>O REFRÃO.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Aquele refrão!</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-size: large;">A rendição, a entrega completas</span> que eu sinto a ouvir ela cantar estas duas simples palavras, "Groupie Love".<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ela canta isto três vezes no refrão, sendo que nas duas temos uma batida consistente, com essa mesma batida a decrescer à terceira vez que ela canta. Mágico.
Para mim, cantar isto é um autêntico mantra. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
--</div>
<br />
<b><span style="color: orange;"><a href="https://open.spotify.com/album/1nP1BEciW2qIlkg4bz97nD">In My Feelings</a>:</span> </b>está gira, mas não tenho nada de especial a dizer.<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
--</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>COACHELLA
</b></span><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/cjDfD_RtYiA" width="560"></iframe> </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esta é das músicas onde, na minha opinião, se nota mais a <b>influência de Clams Casino</b> e eu adoro isso. Está uma canção simples, mas tão, tão bonita. </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Adoro esta parte da letra: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>What about all these children</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>And all their children's children</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>And why am I even wondering that today</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Maybe my contribution</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Could be as small as hoping</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>That words could turn to birds and birds would send my thoughts your way</i></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O refrão tem uma melodia engraçada, diferente, original. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
--</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: orange;"><b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=w4ddSktf9CE">God Bless America</a></b>:</span> aqui se vê bem as <b>influências nacionalistas e bem marcadas pela realidade política que se vive nos EUA hoje em dia (Donald Trump)</b>. Musicalmente, está bonita, mas nada de ultra especial. :P</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
--</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"> WHEN THE WORLD WAS AT WAR, WE KEPT DANCING </span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><a href="https://open.spotify.com/track/4DDfvmjnibj4NCJEwfz5nU"><img border="0" data-original-height="850" data-original-width="850" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbunQ24f7r-J4agKCGKZoijkfIWngFEbh6-EfstIc-IO-9JPIzWdlENrDVQ9hQA5dC53z1-Ax7LXnTZjKo_pJ2MCJiZR9M5DNLaXWQRE5iSb_lXn_KQtPPbwPjhS8rQy14Ygio451dOYK3/s320/240611495812643.jpg" width="320" /></a> </span></b></div>
<div style="text-align: center;">
Infelizmente, ainda não disponível no Youtube. Podem ouvir no Spotify <b><a href="https://open.spotify.com/track/4DDfvmjnibj4NCJEwfz5nU"><span style="color: orange;">AQUI</span></a>.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
Para começar, <b>adoro o título da música</b>. Passa uma mensagem de positivismo, de esperança, de <i>keep on going</i> numa sociedade que vive uma guerra prestes a estalar e de alguma forma silenciosa.<br />
<br />
Mais uma vez, a influência da realidade política que se vive nos EUA hoje em dia.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<i>Is it the end of an era?
Is it the end of America?
Is it the end of an era?
Is it the end of America? </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>No, it's only the beginning </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>If we hold on to hope </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>We'll have a happy ending </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>When the world was at war before </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>We just kept dancing </i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>When the world was at war before</i></div>
<div style="text-align: center;">
<i>We just kept dancing</i></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
--</div>
<br />
<span style="color: orange;"><a href="https://open.spotify.com/track/6ny7kbH529rZfHp4UFVDiP">Beautiful People, Beautiful Problems</a>:</span> ao início gostava, mas agora que ouvi mais vezes, não acho nada de especial. Está bonita, só.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
--</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"> TOMORROW NEVER CAME</span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://open.spotify.com/track/2EBJnP9vf54QE95910Lvrw"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVGpmDeMUgH43qxUgaj_AsFpvlH4fnez5Ib7NA1EXKfHwk-UonfDgIDnahpb-0PAZEjlz9LSycambB5hcjO2JVMEu67ASsQcL5oeCiKQG0FJhnxkppvKN0TfSsVe88Si-MIZBqeFgxzIAj/s320/maxresdefault.jpg" width="320" /></a> </div>
<br />
<div style="text-align: center;">
Infelizmente, anda não disponível no Youtube. Podem ouvir no Spotify <a href="https://open.spotify.com/track/2EBJnP9vf54QE95910Lvrw"><span style="color: orange;">AQUI</span></a>.
</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="line-height: 1.24; margin-bottom: 13px; text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">Esta música é tão, tão, tão LINDA. É a mais simples, bonita, enternecedora do álbum, na minha opinião.
Ainda não tinha pensado nessa questão, até que o meu melhor amigo (também ele fã acérrimo da LDR), mas <b>esta canção está pejada de influência de The Beatles</b> - aliás, não é por acaso que <b>é cantada em conjunto com o Sean Lennon, filho mais novo do John Lennon</b>. Depois dele me dizer isso, ainda passei a adorar mais esta canção. <b>Podia ser perfeitamente uma música de The Beatles.</b></span></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
O refrão a duas vozes (como eu AMO, coros, vozes conjuntas e segundas vozes), é algo de <b>MA-RA-VI-LHO-SO.
Fico com arrepios de tão bonita que é.</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>--</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b> HEROIN</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><a href="https://open.spotify.com/track/3qo4XAu1OGB3LaGRYgtbIS"><img border="0" data-original-height="770" data-original-width="510" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT3j5qZuWn1gcYowLob5OGfjLd-Da3kmZ66_g7Ujf9pgLuoh2LDNhVp32cMwp0lTAbsBl8UQfzkv0NiGlORE0GRAwWCClEhyphenhyphen3PpEqWi3STcwum_726NlnIkog48LX9HLAuPAk8CdNfF46D/s320/0f47ee261ea2ac51d20245f4fb0cf7cf--lana-del-rey-news-lana-del-ray.jpg" width="212" /></a> </b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>Disponível no Spotify, <b><a href="https://open.spotify.com/track/3qo4XAu1OGB3LaGRYgtbIS"><span style="color: orange;">AQUI</span></a>. </b></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><b><br /></b></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Confesso que não "pegou" logo de início e continuo a achar que a música é um bocado seca até ao minuto 3'27. <b>Neste momento, a música passa de boring a épica.</b> Adoro o sofrimento como ela canta aqui, até voltar a ser <i>boring </i>durante um minuto e acabar outra vez com aquela <i>epicness </i>toda. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
--</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><a href="https://open.spotify.com/track/2XoJLY62n0akvhs1PIYnlO"><span style="color: orange;">Change</span></a>:</b> um <i>al</i><i>bum filler </i>completo, já há dezenas de músicas "iguais" a estas, Lana. Era escusado. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
--</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: orange;"><a href="https://open.spotify.com/track/61MoKejsY2k0hVb50zZ4Yn">Get Free</a>:</span></b> <b>uma cópia da "Creep" dos Radiohead </b>(e eu sou a maior fã de Radiohead, mas esta música não é nem de longe nem de perto as que mais gosto deles). Achei uma cópia descarada, um plágio descarado e ainda por cima, nem está nada de especial. Ok Lana, podias ter feito uma cover da música deles, mas assim? Muito fraquito :P </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estas duas últimas músicas só encheram o álbum sem necessidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Em suma: apesar dos<i> album fillers,</i> e de ser demasiadamente longo, este álbum ARRASA por completo porque as músicas que são boas, são MUITO BOAS. Está um álbum coeso, fiel ao estilo Lana Del Rey mas com introdução de novos elementos (os quais eu adoro). Prova como ela se reinventa, nunca deixando de ser ela própria.</span></b><br />
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-size: large;">ADORO!!! </span></b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
Mas dou só um <b>9/10</b> precisamente porque ela repetiu-se um bocadinho mais do que devia.</div>
</div>
Claudia_LivreComoEuhttp://www.blogger.com/profile/00016636889378762161noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-33010775678311269832017-05-05T15:57:00.000+01:002017-05-05T15:57:34.296+01:00Das memórias desconhecidas e inesperadasOntem numa troca de impressões com a figura paternal veio à baila o "All The Things Must Pass", álbum do George Harrison, de 1970, que, conscientemente, me passou ao lado. Afinal de contas, já tinha o "Concert for Bangladesh" que muito me apraz e acaba por servir de best-of do primeiro.<br />
<br />
Mas, ao ouvir <i>once again</i> "o álbum é mesmo bom" e que "há umas canções muito boas que queria passar para bobines", lá fui adquirir o dito para ele matar saudades e também a minha curiosidade perante a opinião dele.<br />
<br />
<i>And what ya know? </i>Ele tinha razão <i>once again. </i><br />
<br />
Ficam aqui duas da génese desde episódio que mostram, à semelhança de outros - a insistência em me mostrar a canção "Primitive Painters" dos Felt, por exemplo (matéria para um outro post, talvez) - que seja por coisas antigas ou recentes<a href="https://uncertainsmilex.blogspot.pt/2015/05/a-diferenca.html"> a opinião dele é uma referência</a>.<br />
<i><br /></i>
<br />
<i><span style="font-size: x-small;">Um "pequeno monstrinho" que mostra que o 3º Beatle é um compositor fenomenal</span></i>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/eDrLTW_sesI" width="480"></iframe><br />
<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;"><i>Um mega-monstro de canção!</i></span><br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/1XTYXEpeEYA" width="480"></iframe>João Cunhahttp://www.blogger.com/profile/18058004208756791669noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4294139939270117819.post-34450051684627394962017-03-16T11:24:00.001+00:002017-03-16T11:24:40.491+00:00Das que entram à primeiraAssim:<br />
<br />
<br />
<iframe frameborder="no" height="450" scrolling="no" src="https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/311484355&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&visual=true" width="100%"></iframe>
João Cunhahttp://www.blogger.com/profile/18058004208756791669noreply@blogger.com0