terça-feira, 3 de outubro de 2017

E lá vai mais um...

Morreu o Tom Petty.

Pode não dizer muito a muita gente, mas, felizmente, desde a idade de puto em pré-adolescência que tomei conhecimento deste artista - mais uma vez pelas mãos do meu pai, claro está.

Não explorei a discografia dele a fundo (nem com os Heartbreakers nem a solo). Em 1991 apareceu lá por casa o "Into the Great Wide Open" (em CD... pois nesta altura ninguém era crítico do som do digital; e eu era muito puto!), cuja capa, por alguma razão que não consigo explicar, me dava algum conforto. As músicas eram todas "radio friendly" - todas! - e ganhei mais uma cassete para tocar no meu walkman do dia-a-dia. Confesso que nem sempre me agradavam as escolhas que o meu pai fazia nas coisas que me gravava em cassete... Mas o álbum "Into The Great Wide Open" não era um desses casos. (E quanto aos outros casos... o tempo fez com que fossem crescendo aos meus ouvidos)

Naquela altura não sabia - nem perguntava - quem era o Tom Petty, nem qual a sua relevância na música. Mais tarde, em 1998, a propósito da compra dum gira-discos conheci um outro álbum "The Travelling Wilburys", homónimo, dum "super-grupo" composto por: Tom Petty, George Harrison, Bob Dylan, Roy Orbison e Jeff Lynne. Lembro-me do meu pai me esclarecer isto mesmo, quem eram os membros. Lembro-me de não ter gostado nada do álbum na altura... Aos 16 anos achava que a música se cingia apenas aos Cocteau Twins, Cure, The The, e outros que tais da onda mais escura dos 80's. Também é sabido que os 16 fazem parte duma fase muito parva... e o "The Travelling Wilburys" tem canções do catano!

Hoje é fácil dar valor a este compositor. Longe de um gigante... mas muito relevante!

Fica uma do "Into The Great Wide Open" fácil, de melodia simples, de cativar os putos pequenos :)




terça-feira, 29 de agosto de 2017

RAC | Ego

Um belo dia chega o meu moço a casa e, como quem não quer a coisa, mete uma música deste álbum a tocar - Ego, de RAC. Sem fazer ideia do que era, primeiramente estranhei mas depois aquela música entrou que nem uma maravilha. 

Música para os meus ouvidos - literalmente!

Depois passou muito rápido pelo álbum, ressalvando desde logo que não gostava mas que eu ia adorar.

E como ele tinha razão! Como ele me conhece! Imediatamente coloquei este álbum em "lista de escuta" (sim, eu tenho essa lista mental, LOL 😜), e bastou uma audição para gostar imenso, uma segunda para adorar, uma terceira para me convencer por completo e começar a ouvir em repeat, familiarizando-me com todas as nuances de todas as músicas. 😍

No outro dia, lá estava eu a ouvir novamente o álbum, a caminho de algum sítio, de autocarro. Ia anotando os nomes das músicas que gostava mais, para escrever este post, até que me apercebi que mais valia era ter escrito as que não me diziam grande coisa. Pois é, não há uma música neste álbum que eu propriamente não goste, só 2 ou 3 não me dizem muito, mas as outras....Amo! 💟

Normalmente, eu primeiro oiço a música, para mim a música em si é tudo e muito raramente ligo ou vou pesquisar sobre o artista em si. Desta vez fui e qual não foi o meu espanto quando descobri que ele - o RAC, nome real André Allen Anjos - é português! Vi que ele já fez algumas outras coisas, não conhecia e ainda não conheço nada. 

Fiquei vidrada neste álbum, POP, pop puro, como eu adoro música pop!!! :)

Vou deixar então aqui as músicas com mais destaque para mim (quase todas, aviso já! 😜 )

FEVER

 Aquele início... Lindo e nem faz adivinhar nada do que por aí vem. E depois, explode, explode num tom pop, leve, uma música ideal para começar um álbum assim. Com um tom extremamente positivo, natural e espontâneo. À medida que a música desenvolve, aqueles sintetizadores lá no fundo, quase que passam despercebidos aos mais distraídos, mas eu tenho um ouvido implacável para aquilo que eu chamo de sintetizadores felizes 😂


NOBODY

 Tenho as minhas reservas quanto a esta faixa, a voz dela não me convence muito. Mas gosto imenso do desenrolar da música, quanto mais perto do final, melhor fica. Adoro aqueles "violinos" (ou sintetizadores a imitar), piano no fim, e adoro a transição natural para a música seguinte, que para mim é das melhores do álbum.


UNUSUAL

Adoro tudo nesta música. A batida extremamente pop, a voz dela, os efeitos da voz dela a desvanecer-se e em duas vozes, no refrão. Love it, love it, love it! E mais uma vez, uma transição para a música seguinte. (adoro álbuns assim, com transições entre as músicas, como se fosse tudo um continuum)


THIS SONG

Amo todo o feeling disco que esta música tem, com o efeito de beat "distante", como se o som estivesse lá bem longe, alternado com uma súbita subida de volume e "clareza" do som. Adoro este mix, adoro a melodia e o desenrolar de toda a música. "Entra" que nem manteiga :P



NO ONE HAS TO KNOW

Para mim, das melhores músicas. Opa, são todas das melhores! Não consigo decidir! xD
Mais uma vez um início discreto mas giro, um tom de disco, e um refrão que é uma explosão de êxtase completa... a voz dele, os sintetizadores todos à mistura  ❤️❤️❤️


THE BEAUTIFUL GAME

 Esta foi a música que ele inicialmente me mostrou. A tal que entrou (quase) de imediato. Digam lá que não é uma explosão de absoluta boa disposição, "bola para a frente", felicidade, energia...?! :D
E depois da explosão, termina em calmaria... e beleza :) e mais uma transição, perfeita, para a música seguinte.


JOHNY CASH
Uma música leve onde se destaca o refrão, que adoro :)


IT'S A SHAME
Começa logo com aqueles sintetizadores iniciais. Adoro esse tipo de sons, como já devem ter percebido :P Depois desenrola-se numa música extremamente pop. Confesso que não gosto da voz dela inicialmente, mas depois no refrão muda e fica mil vezes melhor :D Mais uma música leve, para ouvir em dias bons e solarengos! :P


BE

A primeira vez que ouvi esta música, pensei logo "Lykke Li, is that you?!". Não é, mas podia ser. Adoro este timbre de voz feminina, fiquei apaixonada à primeira audição. E não só a voz dela, mas toda a estrutura da canção, a mistura de sons, aquele tom constante positivo e "do bem". Para mim, uma canção Pop perfeita do início ao fim. Lá está... again, das melhores do álbum :P


HEARTBREAK SUMMER
 
Ainda com os resquícios da música anterior (yet another perfect transition), surge um início tímido e uma voz feminina com aquele tom rouco que tanto gosto de ouvir. E depois.... magia. Esta música é MAGIA! Especialmente aquele final completamente expansivo e que me dá vontade de subir às estrelas. Único defeito: essa parte deveria prolongar-se um pouco mais.


END
Como o próprio nome indica, esta é a música final do álbum, e para mim traduz-se literalmente nisto: coming down from a high. Todo o álbum foi tão enérgico, extásico, positivo, feliz, tudo e mais alguma coisa..... E agora, é tempo de acalmar. É tempo de serenidade. Tempo de levitar.
Os sons, calmos por si, e aquela voz lá bem no fundo a repetir "I am Happy, I am Happy, I am Happy" no início da faixa... Perfeito, perfeito, perfeito.



Este álbum é uma viagem. É um continuum do início ao fim. Todas as músicas são diferentes (embora com a mesma linha condutora), com transições brutais entre si, como se nunca terminasse uma e iniciasse outra, mas sim como se a primeira música se ligasse à última de uma forma natural, passando no entanto por muitas fases diferentes - todas elas, porém, marcadas por um extremo positivismo. É um álbum maioritaramente feito de colaborações (reparem nos "Ft." em quase todas as músicas), portanto com vozes e elementos diferentes, mas todas na mesma onda. Os sintetizadores, a mistura de elementos, a alegria que este álbum transmite, terminando neste "End", nesta pacificidade calma mas feliz como quem terminou de fazer uma viagem inesquecível.

BRUTAL, dou 10 em 10 e recomendo muito este álbum para quem, como eu, é apaixonado/a por música Pop. 💜💜💜


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

LANA REL REY | LUST FOR LIFE - review

Sou fã acérrima da Lana Del Rey, desde que ouvi a "Video Games", back in 2011, estava eu a viver um dos melhores anos da minha vida (Erasmus em Amesterdão, Holanda), quando fiquei vidrada naquela canção, naquele vídeo, nela..... para além de ter ouvido essa canção 15774568 vezes, desde aí nunca mais deixei de a acompanhar!

 

Descobri depois os trabalhos dela antes de se tornar famosa, quando ainda era a Lizzy Grant, e sempre amei tudo nela: o estilo, a voz, e as letras complexas e elaboradas que, apesar de acabarem por bater sempre nos mesmos temas, continuam fantásticas, na minha opinião.

Estamos em 2017 e Lana Del Rey surge agora com o seu 5º álbum em estúdio - Lust For Life 

 A expectativa era muita e muito alta, não tanto com o single que ela lançou com The Weeknd, "Lust For Life", que dá o nome ao álbum (sinceramente, não me convenceu e estava à espera de mais com essa colaboração), mas quando ouvi o "Summer Bummer" pensei logo...... ui, o que está por vir aí!

 

Neste post vou apenas elaborar sobre as músicas que gosto (mais). 

 De uma forma geral, gosto imenso de todo o álbum na sua íntegra. Acho que ela conseguiu manter-se fiel a si mesma, com a sua linha condutora e os elementos musicais que lhe são característicos.

Mas também acho que o álbum está demasiado longo (16 músicas), alguns "album fillers" (músicas um pouco repetidas e que eram escusadas estar lá, sinceramente, e como o próprio nome indica, só servem para "encher"). ADORO a vertente badass, gangster, hip-hop, R&B, um bocado "bad girl" que ela colocou, identifico em muitas músicas influências de Clams Casino (que também adoro, aquelas batidas!). Nota-se também o contexto político (EUA) em que nasceu este álbum e influências bastante nacionalistas, as quais eu confesso que não me identifico tanto. 

 Vamos lá então! 

 LOVE



Lana Del Rey being Lana del Rey 

 Aquela batida "engrandecedora" e até imponente, a melodia, a voz dela e aquela forma dela cantar "It's enough just to make you feel crazy, crazy, crazy, sometimes" é simplesmente tão ela que é impossível não adorar. Excelente forma de começar o álbum, um ótimo prenúncio. 

Denoto também o positivismo dela nesta música:  

"You're part of the past, but now you're the future" 
Doesn't matter 'cause it's enough
To be young and in love "

--

 Lust For Life (colaboração com The Weeknd): sinceramente esperava melhor. Podem ouvir aqui.

--

Cherry: o mesmo; está gira mas é mais um album filler ao pé de tantas outras coisas que são maravilhosas no álbum. Ainda não existe vídeo oficial no Youtube mas está no Spotify aqui 

--

 WHITE MUSTANG
 


Infelizmente ainda não existe vídeo no Youtube. Ouvir no Spotify AQUI.

Confesso que esta música não "entrou" logo de início, porque achei a introdução boring :P MAS ao final da primeira estrofe/início do refrão, quando entra aquela batida, com o tempo foi entrando e hoje posso dizer que gosto imenso desta música. Adoro o início subtil, a forma completamente libertadora (algo que também a caracteriza e que eu amo) como ela canta o refrão, o contraste entre a leveza da voz dela e a presença do baixo

Adoro como ela cresce, mesmo sendo uma música curtinha. Direta ao ponto.

--

 SUMMER BUMMER

Pára tudo!!! Esta é a minha FAVORITA de todo o álbum. Aliás, eu sinceramente, gostaria que mais músicas fossem mais como esta, neste estilo :P Que alguns dos tais album fillers de que falei, fossem mais assim. 

 Que dizer? Do primeiro ao último segundo, esta música conquistou-me com apenas uma audição (e isso é raro). 

Entrou imediatamente e tem estado em repeat nas últimas semanas. 

Quer dizer, isto começa como "quem não quer a coisa", com aquela introdução típica LDR (que eu amei, pelo piano e pela forma como ela desvanece as palavras no fim de cada frase). Chega o segundo 42 e entra aquela batida (sim, eu sei que digo a palavra "batida" muitas vezes, sou uma leiga a analisar música com termos técnicos, vocês percebem :P ). Mata-me logo ali! 


E AQUELE REFRÃO... 


Hip-Hop in the Summer
Don't be a Bummer babe 
Be my undercover lover babe 
Hm 

High Tops in the Summer 
Don't be a Bummer babe 
Be my undercover love babe
Hm 

(aquele "hm"........ ai o meu coração!!! my heart skips a beat


Aquela bridge em rap, encaixa tão bem na perfeição (e eu não sou assim grande apreciadora de rap, só se for muito bem feito) com tudo. Dá, lá está, aquele ar gangaster e badass que ela banhou neste álbum e que lhe fica tão bem. Os constantes "why?", "what?", "yeap", lá no fundo. Dá uma pausa inacreditável. Uma sensação de poder! 

Aquela bridge dela, mais uma vez, a tocar nos temas tão certos para ela, com um ar tão sôfrego:

White lies and black beaches 
Miles in between us 
Is this love or lust or some game on repeat? 
It's like makin' me crazy 
Tell me, "have patience" 
Baby, I need this 
White lines and black beaches 
White lies and black beaches 
And blood red sangrias 
We traveled for weeks, just to escape your demons 
But you've got your reasons In makin' me crazy 
But you've got your reasons 
White lies and black beaches 

A repetição e troca de frases que rimam, num estilo tão próprio. E a forma dela cantar ainda confere mais magia à própria letra. Adoro a forma completamente "estou-me a c*gar para tudo" com que ela canta, quando ela diz "don't be a bummer" ("não sejas uma seca", do género, junta-te a este meu lado mais negro mas ao mesmo tempo completamente a lixar-se para tudo, com aquele olhar gélido dela), juntamente com um ar (quase) sofrido com que ela acaba as frases, quase que a perder a respiração e a vontade de viver mas de uma forma sexy até mais não.



Enfim...... SUMMER BUMMER é O SINGLE deste álbum. Perfeita do início ao fim. 

Está em repeat desde que saiu (faz semanas) e parece-me que assim vai continuar. Em casa, na rua, nos transportes, no carro......... Ouvir até me fartar! De preferência, com o volume no máximo e os níveis de baixo bem altos para se sentir aquele poder no corpo, quase como se o nosso coração e a música se sincronizassem. É assim que eu gosto de ouvir música.

--

 GROUPIE LOVE
   

É a minha segunda favorita, e vem logo a seguir (literalmente) ao Summer Bummer.

AMO a leveza com que começa a música, a forma como cresce e....

O REFRÃO.

Aquele refrão!

A rendição, a entrega completas que eu sinto a ouvir ela cantar estas duas simples palavras, "Groupie Love".

Ela canta isto três vezes no refrão, sendo que nas duas temos uma batida consistente, com essa mesma batida a decrescer à terceira vez que ela canta. Mágico. Para mim, cantar isto é um autêntico mantra. 

--

In My Feelings: está gira, mas não tenho nada de especial a dizer.

--

COACHELLA  

Esta é das músicas onde, na minha opinião, se nota mais a influência de Clams Casino e eu adoro isso. Está uma canção simples, mas tão, tão bonita. 

Adoro esta parte da letra: 

What about all these children
And all their children's children
And why am I even wondering that today
Maybe my contribution
Could be as small as hoping
That words could turn to birds and birds would send my thoughts your way

O refrão tem uma melodia engraçada, diferente, original. 

--

God Bless America: aqui se vê bem as influências nacionalistas e bem marcadas pela realidade política que se vive nos EUA hoje em dia (Donald Trump). Musicalmente, está bonita, mas nada de ultra especial. :P

--


 WHEN THE WORLD WAS AT WAR, WE KEPT DANCING 
 
 Infelizmente, ainda não disponível no Youtube. Podem ouvir no Spotify AQUI.

Para começar, adoro o título da música. Passa uma mensagem de positivismo, de esperança, de keep on going numa sociedade que vive uma guerra prestes a estalar e de alguma forma silenciosa.

Mais uma vez, a influência da realidade política que se vive nos EUA hoje em dia.

Is it the end of an era? Is it the end of America? Is it the end of an era? Is it the end of America? 
No, it's only the beginning 
If we hold on to hope 
We'll have a happy ending 
When the world was at war before 
We just kept dancing 
When the world was at war before
We just kept dancing

--

Beautiful People, Beautiful Problems: ao início gostava, mas agora que ouvi mais vezes, não acho nada de especial. Está bonita, só.

--

 TOMORROW NEVER CAME

   

 Infelizmente, anda não disponível no Youtube. Podem ouvir no Spotify AQUI.

Esta música é tão, tão, tão LINDA. É a mais simples, bonita, enternecedora do álbum, na minha opinião. Ainda não tinha pensado nessa questão, até que o meu melhor amigo (também ele fã acérrimo da LDR), mas esta canção está pejada de influência de The Beatles - aliás, não é por acaso que é cantada em conjunto com o Sean Lennon, filho mais novo do John Lennon. Depois dele me dizer isso, ainda passei a adorar mais esta canção. Podia ser perfeitamente uma música de The Beatles.
O refrão a duas vozes (como eu AMO, coros, vozes conjuntas e segundas vozes), é algo de MA-RA-VI-LHO-SO. Fico com arrepios de tão bonita que é.

--

 HEROIN

 

Disponível no Spotify, AQUI

Confesso que não "pegou" logo de início e continuo a achar que a música é um bocado seca até ao minuto 3'27. Neste momento, a música passa de boring a épica. Adoro o sofrimento como ela canta aqui, até voltar a ser boring durante um minuto e acabar outra vez com aquela epicness toda. 

--


Change: um album filler completo, já há dezenas de músicas "iguais" a estas, Lana. Era escusado. 

--

Get Free: uma cópia da "Creep" dos Radiohead (e eu sou a maior fã de Radiohead, mas esta música não é nem de longe nem de perto as que mais gosto deles). Achei uma cópia descarada, um plágio descarado e ainda por cima, nem está nada de especial. Ok Lana, podias ter feito uma cover da música deles, mas assim? Muito fraquito :P 


Estas duas últimas músicas só encheram o álbum sem necessidade. 

Em suma: apesar dos album fillers, e de ser demasiadamente longo, este álbum ARRASA por completo porque as músicas que são boas, são MUITO BOAS. Está um álbum coeso, fiel ao estilo Lana Del Rey mas com introdução de novos elementos (os quais eu adoro). Prova como ela se reinventa, nunca deixando de ser ela própria.

ADORO!!! 

 Mas dou só um 9/10 precisamente porque ela repetiu-se um bocadinho mais do que devia.


sexta-feira, 5 de maio de 2017

Das memórias desconhecidas e inesperadas

Ontem numa troca de impressões com a figura paternal veio à baila o "All The Things Must Pass", álbum do George Harrison, de 1970, que, conscientemente, me passou ao lado. Afinal de contas, já tinha o "Concert for Bangladesh"  que muito me apraz e acaba por servir de best-of do primeiro.

Mas, ao ouvir once again  "o álbum é mesmo bom" e que "há umas canções muito boas que queria passar para bobines", lá fui adquirir o dito para ele matar saudades e também a minha curiosidade perante a opinião dele.

And what ya know? Ele tinha razão once again. 

Ficam aqui duas da génese desde episódio que mostram, à semelhança de outros - a insistência em me mostrar a canção "Primitive Painters" dos Felt, por exemplo (matéria para um outro post, talvez) - que seja por coisas antigas ou recentes a opinião dele é uma referência.


Um "pequeno monstrinho" que mostra que o 3º Beatle é um compositor fenomenal


Um mega-monstro de canção!


quarta-feira, 8 de março de 2017

Ariana Grande | Dangerous Woman - uma agradável surpresa

Haters gonna hate...... e sim, é verdade que gosto de música alternativa mas ultimamente fartei-me um bocado disso e acabei por me virar mais para o comercial. Porque o comercial também tem coisas boas, e é tão diabolizado. Não, não estou a comparar o comercial de hoje em dia com o comercial dos anos 80 ou antes; mas também não chego ao outro extremo de dizer que tudo o que é feito hoje em dia e que passa nas rádios mainstream é mau; 10% é bom! 

Aquele discurso de "tudo o que se faz hoje em dia não presta" soa-me demasiado àquele discurso de velho do Restelo "no meu tempo é que era" já enjoa e soa demasiado elitista

E o pior é que eu também acabo por ser um pouco assim. Mas a verdade é que após muito tempo "fechada" para esse mundo, abri-me para conhecer algumas coisas que se fazem hoje em dia a nível da música  - ao início forçosamente, devido ao meu trabalho TINHA DE ouvir música comercial, mas depois comecei a perceber que há coisas que têm o seu valor.

E neste âmbito, tenho de dar destaque à Ariana Grande

Ariana Grande, antes sequer de ouvir qualquer coisa dela, julguei-a logo pelo nome. Errado. Todos os tipos de julgamentos são errados!

A Ariana faz, dentro do que é o panorama comercial de hoje em dia, um excelente trabalho dentro do seu género. Pop com R&B, podem dizer "ah e tal mas já foi feito..." ya, ok, já foi, e então??!! Vão-me dizer que todos os dias ouvem coisas que nunca foram feitas? :P

Não conheço mais nenhuma álbum da Ariana sem ser o Dangerous Woman, mas depois de ouvir este fiquei com curiosidade em conhecer os outros.

Se há palavra que, para mim, descreve a música da Ariana, essa palavra é Doçura.

Ela bem tenta ser uma dangerous woman, mas é um perigoso doce :P

Deixo aqui as músicas do álbum Dangerous Woman que ultimamente têm estado em repeat!

MOONLIGHT

Doçura, doçura, doçura, apetece-me abraçá-la sem sequer a conhecer xD


DANGEROUS WOMAN
E como não podia deixar de ser, o single mais famoso e pelo qual eu conheci a Ariana. Esta música deixou-me, definitivamente, com o "bichinho atrás da orelha" acerca deste álbum e felizmente não me enganei.

Já agora, esta atuação em acapella também merece destaque!:


Minha nossa, QUE VOZ!
E a forma como ela está a curtir cantar, é completamente contagiante.


BE ALRIGHT

Amo do início ao fim. Desde aquele início cheio de doçura (novamente) até à continuação cheia de pausa. Uma música que me deixa feeling alright :P


LET ME LOVE YOU
 Uma palavra: sensualidade. Adoro o que ela faz com a voz nesta música. Delicia-me :D


GREEDY

Esta apaixonou-me desde o "Greeedyyyy" inicial em duas vozes; depois, uma explosão brutalíssima que se traduz numa música cheia de energia! Love it love it love it!


EVERYDAY

Aquele refrão <3


I DON'T CARE

Esta música é o grito do ipiranga. A Ariana simplesmente já não quer saber do que os outros pensam ou dela própria no passado ter-se preocupado. Ela simplesmente doesn't care anymore. Excelente música para aqueles momentos que todos temos (pelo menos eu tenho tido muito) de "estou-me a cagar para isto tudo" :P
(e aqueles violinos iniciais...ai ai ai)


BAD DECISIONS

Eu absolutamente AMO a energia desta música, sobretudo o refrão!


KNEW BETTER / FOREVER BOY


Esta é uma das minhas favoritas de todo o álbum e já devo ter ouvido umas 500 vezes sem me fartar :P
Eu arriscaria dizer que esta música tem até bastante progressão, algo não muito comum de se ver neste tipo de música.


THINKING BOUT YOU

E uma excelente forma de terminar o álbum.

Em 15 músicas que tem o álbum, só 4 não me dizem nada. Dou um sólido 9/10 ao Dangerous Woman. Parabéns Ariana! :D


terça-feira, 7 de março de 2017

Não POP

Ela tem andado num todo frenesim pop das músicas que passam nas rádios ditas comerciais (interprete-se, pois, esta definição de género numa forma abrangente).

Eu não. Aliás, nem pop nem outra coisa qualquer. Este 2017 anda parco a meu ver e tirando um ou outro single de grupos ditos acabados - mas que decidiram voltar porque de repente tiveram um rasgo de criatividade e fazer música voltou a fazer sentido (hã-hã...) - pouco ou nada mesmo me tem chamado a atenção.

But... (there's always a but). Há este gajo... este gajo até agora era apenas mais um com uns singles muito bem conseguidos, mas para mim ficava por aí. Ouvir os álbuns era algo que não me aprazia.

Not anymore.








O tal malfadado folk... que até tem laivos de pop. 😊

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Carolina Deslandes | Blossom

Eu adoro música pop

Transmite-me alegria, energia, felicidade. Dá-me vontade de dançar e cantar. Tenho preferência por música pop cantada por vozes femininas.

Neste contexto, e dentro do panorama musical, devo dar destaque à Carolina Deslandes.

Nunca fui de ver talent shows, mas no ano do Ídolos em que ela participou por acaso acompanhei o programa, e algo nela me atraiu imenso. Adorei desde logo a voz dela.

Isto foi para aí em 2010, e passando a "febre" do momento, sinceramente nunca mais me lembrei.

Até que, 6 anos mais tarde (2016), surgiu-me uma oportunidade de entrevistar a Carolina, no âmbito do meu trabalho enquanto repórter para um canal de TV de escolas secundárias. Pelo lançamento do seu álbum Blossom, lá fui eu, com as perguntas preparadas, mas sem nunca ter ouvido o álbum (mea culpa! :P ).

Fiz a entrevista, adorei a Carolina, sendo uma pessoa super simples, simpática, humilde, e com uma doçura e verdade imensas nas suas palavras.

A Carolina ofereceu-me um CD do seu álbum Blossom e, quando cheguei ao carro, nesse mesmo dia, pus logo a tocar. A minha reação: maravilhada desde o primeiro segundo.

"Blossom" traduz-se, em português, por "florescer" e foi mesmo isso que a Carolina fez. Passou de uma miúda que ficou conhecida num programa de talentos, foi atrás dos seus sonhos, cresceu e atingiu o que queria! Num mundo e indústria que sabemos ser difíceis.

Adoro os laivos de eletrónica a acompanhar um álbum essencialmente pop, adoro a mistura, adoro a voz dela (sim, mesmo com auto-tune :P ) e adoro a mensagem global que passa.

Gosto do álbum em geral, mas deixo aqui as músicas que merecem estar em repeat sempre que o oiço:

BY MY SIDE


Adoro principalmente os sons eletrónicos do refrão e a forma como ela canta "You make me feel like". Top!

CAROUSEL



Adoro o tom subtil quase infantil, como uma canção para crianças e a explosão sentida no refrão. Adoro o timbre da voz da Carolina!

SETTLE DOWN


Esta é a minha música favorita do álbum. Centenas de vezes ouvi-a eu! E cantei tanto com a Carolina, sem ela saber :P
Adoro tudo, do início ao fim, todas as nuances, adoro a melodia do refrão, adoro o feeling meio R&B, enfim, melhor música!

WHAT DO YOU KNOW BOY


Uma expressão para esta música: um grito ipiranga :P

THEY DON'T



Para terminar este ótimo álbum, vem a Carolina dizer, alto e bom som: vocês não sabem nada de nada! Lá porque ela é uma celebridade e relativamente conhecida, as pessoas acham que devem meter-se na vida dela. Mais especificamente, neste caso, na vida amorosa dela.

"They know nothing about our love"

Adoro a música, adoro o grito de desespero que marca o fim, adoro a letra. Adoro este fim e, de todas as faixas, ela não poderia ter escolhido uma melhor para terminar.

Gostava imenso de partilhar aqui a entrevista que fiz à Carolina. Infelizmente, por razões que me ultrapassam (e claramente não por decisão minha) ela nunca chegou a sair. Pode ser que um dia saia. E serei a primeira a partilhar.

Não me vou esquecer dessa, entre dezenas que já fiz, essa marcou-me porque senti que a Carolina era uma pessoa realmente especial e encontrei neste álbum uma ligação enorme. :)